FUNDAÇÃO COOPERATIVA

SOLIDÁRIA - GENsTE


“GESTÃO DE ESTUDOS E EMPODERAMENTOS 'NOVAS TRAQUINAGENS DE EROS'”

Histórico

.INTRODUÇÃO

                                                              “Existir. A que será que se destina¿” (Cajuína -Caetano Veloso)

   

      “Perguntar por si mesmo – o que faz no mundo, de onde vem, qual sua missão, para onde vai –

sem sombra de dúvida estabelece o ponto de partida de todo filosofar e, quiçá, de toda construção filosófica.

Não existe ninguém que, pelo menos uma vez na vida, não se tenha formulado tais perguntas e que, bem ou mal,

explícita ou implicitamente, não as tenha respondido ou acreditado responder.

A resposta é necessária, porque encerra em si a significação da própria existência.

Não responder é o mesmo que ter a vida suspensa numa incógnita. Suprimir ou evitar a pergunta é impossível,

porque quem vive por viver, sem querer pensar sobre o significado disso, não pode suprimir

a vida mesma e o problema imanente contido nela, a sua existência.” (Melloni, 1998: 17-18)                      

 

Existir

Existir...

Resistir... (re)existir...

Insistir...

Pressentir...

a substância,

e não desistir.

E sentir...

a essência,

a angústia.

O não gosto,

o não quero,

a dor, em ânsia.

E viver...

 a dor e o prazer,

de ser humano.

Marco Antônio Dib

.Histórico

"(...)

               O grupo GENTE [2008-2009], em sua primeira formação e fase, era um grupo que procurava desenvolver projetos voltados à EDUCACÃO PARA UMA CONSCIÊNCIA ESTÉTICA.

          Alvejando possibilitar maiores reflexões, vivencias e práticas em direção a uma “Educação humana (!) para a consciência estética”, um grupo de profissionais da educação (composto por pessoas de diversas áreas de conhecimento, que vinham se reunindo em encontros periódicos desde dezembro de 2008) buscava saberes e prátcas que efetivamente contribuissem  para o  desenvolvimento integral do ser humano através da Arte, ou seja, das próprias experimentações estéticas do ser humano, 

          O grupo GENTE era formado por pessoas que conviviam com a dura realidade educacional e escolar brasileira. Pessoas que já se conheciam porque trabalharam juntos e mais algumas e que foram conhecendo outras no processo de formação da equipe. Todos eles tinham em comum uma inquietude quanto a sua vivência educacional, uma inquietude característica daqueles que querem mudar / transformar. Decidiram assim se encontrar periodicamente para estudar, vivenciar, experenciar, sonhar e agir juntos e, com isso, trabalhar uma nova concepção de educação. Em sua maior parte, professores da rede pública de ensino da cidade de São Paulo, atuantes em sala de aulas da Educação Básiva - o Fundamental I, Fundamental II e Médio - nas áreas de Educação Física, Ciências Humanas e Ciências da Natureza , esses educadores se uniram ainda a outros profissionais das áreas de Filosofia, Antropologia, Psicologia e Psicanálise, cujos interesses estavam voltados para a educação.

            O grupo visionava a educação como uma luta contra os sistemas de dominação e opressão, com uma proposta que percorre a contramão da visão da educação vigente, focada na formação de mão de obra para a "máquina de guerra" que são nossas sociedades. Para o grupo, era preciso conceber a educação como Arte, entendê-la como ação de revolta e de subversão criativa. Tal compreensão nega a ordem estabelecida, o estático, a manutenção da exploração, da dominação e da alienação. Apontando, dando um fôlego, para a utopia, para o outro lugar, para o que não existe, para o outro mundo, no qual a criação não seja sufocada pelo cerceamento constante da máquina social empenhada em administrar vidas, em impor sentidos que não criamos e tampouco escolhemos. Com esse intuito os membros do Grupo GENTE procuram orientar suas atividades para o integral desenvolvimento do ser humano através da arte, ou seja, das próprias experimentações do ser humano na relação com o mundo e o outro. Com o propósito de contribuir para a transformação desse sistema explorador, repressor e opressor em que vivemos, considerando-se toda a racionalidade que acaba por bloquear as ações mais humanizadoras, e que transforma o ser humano apenas em mais uma peça a  que compõe as sociedades, partindo assim para a reflexão teórica e a prática, a práxis, de outra referência educacional que leve em consideração o ser humano na sua inteireza, de modo que possamos reconduzir a razão aos seus limites.

            Além disso, para os membros do grupo caberia a todo educador disponibilizar meios ou ferramentas estéticas e artísticas, sens´veis, pautadas em vivências e experimentações para que as pessoas aprendam autenticamente os conceitos e sentidos que se quer desenvolver. Pois, é necessário criar no vivenciar os novos conceitos e mesclã-los à ação construtiva do próprio ser humano, ao dar livre vazão a sua fantasia desinteressada, criando novos sentidos para si e para a vida. “É hora de abandonarmos a caduca idéia de que só se aprende olhando e escutando, e acolhermos a idéia de que apre(e)nder é fundamentalmente viver os novos sentidos e conceitos em profunda ligação com a nossa existência, assentando-os no solo fértil de nossa imaginação, sonhos e devaneios. Nesta perspectiva, espacialidade e temporalidade, corporeidade e linguagem, entre outras categorias essenciais que condicionam a existência humana e o próprio mundo, precisam ser experienciadas e vivenciadas de outro modo, muito mais perceptivo, sensível e estético, no qual razão e sensibilidade se façam outro, em con-fusão e em tensão vital, ou seja, equilíbrio tensional”, concluiu o ogrupo.

         Para o desenvolvimento das propostas de trabalho do grupo foram desenvolvidas pelo mesmo Oficinas de Sensibilização e Mobilização, voltadas para educadores e educandos, visando atender as redes públicas e particulares de ensino, bem como Organizações não Governamentais -ONGs, entidades culturais e órgãos afins.” 

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