FUNDAÇÃO COOPERATIVA

SOLIDÁRIA - GENsTE


“GESTÃO DE ESTUDOS E EMPODERAMENTOS 'NOVAS TRAQUINAGENS DE EROS'”

Projetos

1-Ensinando e aprendendo a fazer produções culturais: saberes e fazeres [linhas gerais a desenvolver] 

 

2-Assim somos, humanos: arteiros & artistas, curiosos & cientistas [linhas gerais a desenvolver] 

a)”Pintando o sete”: para estímulo e formação básica em produção cultural 

b)”Menino maluquinho”: para estímulo e formação” em saberes e conhecimentos

c)”Amo muito" "... estudar” "... fazer"..."escrever" ... "refletir" ...dançar ...cantar ...pintar ...desenhar .etc.,

 

3-A grande saga da humanidade, da existência e condição humanas (individual e-ou coletiva) no fazerdas produções culturais: estudos e pesquisas [linhas gerais a desenvolver]

I- Introdução 

A grande saga (a jornada, a aventura, a travessia, a viagem, a bliss etc.) da humanidade, da existência e condição humanas (individual e-ou coletiva);

a)a partir do “Humanismo aberto” (G. Durand), da “Antropolítica” (E. Morin) e da “Educação Fática (J. C. de Paula Carvalho)

b) as questões fundamentais da existência e condição humanas, os grandes temas-temáticas-problemáticas, em suas dimensões míticas e-ou arquetipais, que todas as sociedades e pessoas se colocam: de onde viemos, onde estamos, e para onde vamos – a inteligibilidade – o(s) sentido(s)

(melhor) expressas nas produções culturais, em especial nas Artes, particularmente

c)na Literatura [e]

d)no Cinema[1]

e)e outras (na Dança, no Teatro, etc. etc.etc.).

II-Base teórico-metodológica: estudos, pesquisas e produção escrita sobre

.Imaginário, Cultura e Eucação

                                   .e a condição humana (o ser humano) e a condição supra-humana (o herói)

                                  .e o humanismo aberto (G. Durand), a antropolítica (E. Morin) e a

                                                           educação fática

             (Teoria Geral do Imaginário  - Teoria da Complexidade – Teoria Holonômica

                                                 e outras, com afinidades e convergências)

                                    .e a Literatura

                                    .e o Cinema

                                    .e outros

                                    .e a Educação

III- Metodologias:

a)Metodologias de investigação do Imaginário (incluindo a mitocrítica, mas não só)

.Filosofia Antropológica [base, pressupostos]

                 .Ciência do Homem – Ciência da Unidade do Homem [propostas paradigmáticas convergentes – referências teórico metodológicas -metodologias]- Ciência do Mito

                                  .Mitodologia

                                                     .Mitocrítica e .Mitanálise

                                                                                           e outras .Mitohermenêutica


[1] [acrescentar aqui  estudos sobre a imaginário e ficção- vários; sintetizar e vincular]

 

4-Projeto Geral (em esboço-rascunho, versão 7ªv.gente0511021, arquivo modificado em 11 04 2024)  da

Fundação Cooperativa Solidária G.E.N.sT.E.[1]

 

G.E.N.T.E.

[logo antigo; atualizar: Deméter, Atena, Eros&Oxumaré]

 

 

 

- “Gestação de Estudos & Empoderamentos  ‘Novas Traquinagens de Eros’” -

 

 

 

 

São Paulo, 05 11 2021

 

MISTÉRIOS ...Incógnitas indecifráveis!??

 

O Agir rigA O

O Sentir ritneS O

O Desejar rajeseD O

O Imaginar  ranigamI O

O Querer        rereuQ O

O Pensar   rasneP

O Ser         reS O.

Nas cenas,

nas  telas,

nos poemas,

 nas músicas,

... nas páginas  e nas falas ...

Existir,

resistir,

insistir,

a nossa sina.

Dilemas:

o modo de agir X o modo de sentir,

o modo de pensar  X o modo de imaginar,

o querer X o desejar.

Tornar inteligível

a totalidade do ser.

Apreender e  expressar,

compreender e interpretar

(profundamente)

o agir, o sentir e o pensar.

Os Sentidos

imaginar:

unir o diverso,

as diversas partes,

as múltiplas faces,

em  concretas fantasias.

“eu” sou Parte,

O Todo é arte.

                                                                Apenas

compomos                   e assinamos

as cenas,                   as telas,

os poemas,                   as músicas,

as falas                   e as páginas ...

Todas as                 formas de

apreender                e expressar,

compreender                  e interpretar

todos os                     mistérios ...

 

 

Marco Antônio Dib

 São Paulo, 02 de maio de 2002.

 

 

Fundação Cooperativa Solidária G.E.N.sT.E.

 

 

G.E.N.T.E.

[logo antigo; atualizar:Deméter, Atena, Eros&Oxumaré][2]

 

 

 

 

 

- “Gestação de Estudos & Empoderamentos  ‘Novas Traquinagens de Eros’” -

Sumário

.CREDENCIAIS - AGENTES

5

.ROTEIRO GERAL DE TRABALHO- PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL-PDI- DA  Fundação e Cooperativa de Economia Solidária G.E.N.sT.E

6

.INTRODUÇÃO [.O existencialismo e o humanismo contemporâneo moriniano e a gente]

7-18

.O CAPITALISMO, A CONDIÇÃO EXISTENCIAL HUMANA, A DIGNIDADE DA CONDIÇÃO EXISTENCIAL HUMANA E  A INDIGÊNCIA - As condicionantes existenciais das gentes                      -O lucro acima da vida?- o valor da vida totalmente voltado para lucros, a mercantilização da vida - e -a influência do capitalismo na educação e o capitalismo cultural em vigor

19-20

-A cultura capitalista, cultura da Falta e do Excesso .Cultura, transgressão, (a)normalidade, marginalidade e educação – complexidade e imaginário na compreensão das (des)razões de ser homo sapiens sapiens e demens  [conforme Edgar Morin]

20-27

-O universo imaginário da (in)completude  / (não) plenitude do ser humano -  o ciclo mítico do desejo e -a grande saga da humanidade, da existência e condição humanas (individual e-ou coletiva) .Base teórico-metodológica: estudos, pesquisas e produção escrita sobre Imaginário, Cultura e .Metodologias

27-28

-[Desenvolvendo o ROTEIRO GERAL DE TRABALHO] PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – PDI -

.INTRODUÇÃO

29-30

I. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E CULTURAL DA INSTITUIÇÃO - PPP -

.PERFIL INSTITUCIONAL .Estatuto Jurídico

.ESCOPO MAIOR     .MISSÃO   .ESTRATÉGIA

-Metas, Objetivos e Ações

30

.POLÍTICAS DE RELACIONAMENTO, PARCERIA E ATENDIMENTO AO PÚBLICO-ALVO

- Membros, associados, residentes, bolsistas etc.

- Público-alvo

30

1.BASES SOCIAIS, POLÍTICAS, ECONÔMICAS E CULTURAIS

2.BASES FILOSÓFICAS E IDEOLÓGICAS – IDEÁRIO E IMAGINÁRIO

3.O “NOVO ESPÍRITO CIENTÍFICO E ANTROPOLÓGICO” .Paradigma .Núcleo de base .A ANTROPOLÍTICA - PRINCÍPIOS GERAIS E PEDAGÓGICOS .Filosofia . ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA E SIMBÓLICA

30-45

4.A ATRIBUIÇÃO DE SENTIDOS E SIGNIFICADOS, AS BUSCAS E ESCOLHAS - A-Gestação e Gestão (sob a égide de Deméter) - B-Estudos, Pesquisas e Ações (sob a égide de Atena) - C-“Novas Traquinagens de Eros” (sob a égide de Eros)  D-DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS, COMPROMISSOS E GARANTIAS DEMOCRÁTICAS

46

II.PROJETO PEDAGÓGICO -Geral e -Específicos -ações, -cursos, -palestras, -oficinas, -editoração , -editoração cultural -etc.

46-47

III.PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO

-Metodologia de administração para fundação e cooperativa (em junção) e modo de gestão

47-48

IV.PERFIL DO CORPO DE MEMBROS E PROFISSIONAIS .Agentes

.Política de formação contínua e permanente- com certificação

48

V.ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

. ASPECTOS FINANCEIROS, ORÇAMENTÁRIOS E RENUMERATÓRIOS

.POLÍTICA DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO SOLIDÁRIA

.Captação de recurso financeiros e .Renumeração de membros, associados, residentes etc.

48-49

VI.INFRA-ESTRUTURA FÍSICA, VIRTUAL E INSTALAÇÕES [-WEBSITE, web-comerce e e-comerce ...[ver...desenvolver...] ...explorar-utilizar a internet, as mídias e redes sociais: loja física e virtual, catálogo de produtos etc.]  

49

VII.CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO GERAL DE GESTÃO PARTICIPATIVA SOLIDÁRIA

50

VIII.CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PDI E DE DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO                                                                                                   

.AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

-Procedimentos de auto-avaliação institucional em conformidade com o projeto – o PDI

50

.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS e .Bibliografia Geral

50-55

.Anexos I, II, III, IV, V, VI, VII,... -   .Outros - Lista de pendências / encaminhs.:

55-77

 

 

 

CREDENCIAIS

AGENTES

(modelo:)

< >Aline..., administradora: ...Larissa..., ...Marco Antônio Dib, mestre em educação, pedagogo e professor: Professor de História da rede municipal de ensino público do Município de São Paulo / SP desde 13 10 1994; graduado em licenciatura plena em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita” – Campos de Franca / SP - UNESP, em 1989; especialista em Organização de Acervos Documentais pelo IEB-ECA-USP, mestrado em Educação na área “Organização, Cultura e Imaginário” pela Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo / SP - FEUSP, em 2002; licenciatura plena em Pedagogia também pela FEUSP, em 2007.Rafael Cardoso Rocha...Rubens Fagner Silva..., mestre em educação, especialista em..., professor...: ...Taís..., assistente social: ......, educadores: ......, psicólogo-a: ......, advogado-a: ......, psicanalista: ......, produtor cultural: ......, comunicação e marketing: ... ..., pesquisadores: ...etc. (voluntários, estagiários, pessoas e profissionais associados, residentes, convidados, visitantes, prestadores etc.)

 

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - PDI

 

.INTRODUÇÃO

I.           PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP -  E CULTURAL DA INSTITUIÇÃO 

II.         PROJETO PEDAGÓGICO

III.        PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO

IV.        PERFIL DO CORPO DE PROFISSIONAIS

V.         ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

VI.        INFRAESTRUTURA FÍSICA, VIRTUAL E INSTALAÇÕES

VII.       CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO GERAL DE GESTÃO PARTICIPATIVA SOLIDÁRIA 

VIII.  CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PDI E DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO     

.           BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA E GERAL

.           ANEXOS

 

[.DINÂMICA DE TRABALHO E CRONOGRAMA:

1-encontros bimestrais com a direção, coordenação e corpo técnico, para discussão, reflexão, elaboração e redação do PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, do PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E CULTURAL  e PROJETO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO e DEMAIS DOCUMENTOS-PARTES;

2-cada membro da equipe coordenando 2-3 itens do roteiro de trabalho, realizando levantamentos, pesquisas, leituras e esboços-rascunhos iniciais de seus itens, que seguirão o seguinte fluxo de elaboração e revisões: coordenador do item (elaboração inicial) – Pré-projeto Marco Dib (1ª revisão) – [a definir...] (2ª revisão) – Equipe (3ª revisão, final);

3-constituir e organizar acervo físico e virtual de toda documentação e bibliografia referida e necessária à elaboração do(s) projeto(s)- e depois, programas, projetos e ações;

4-cronograma dos trabalhos: 27 meses – jan. 2022 – dez. 2023jan. 2024:]

 

PREVISÃO

27 MESES

1-NOV.-DEZ

2021

2-JAN-JUN.

2022

3-JUL.-DEZ

2022

4-JAN-JUN.

2023

5-JUL.-DEZ

2023

6-JAN.

2024

OBS.

[vermelho, em execução:]

 

ATIVIDADES

Levantamentos de idéias[3] – Estudos e Pesquisas - Encontros de elaboração e redação - Revisão final – Registros oficiais – Abertura e funcionamento oficial.

.enviar suas ideias

 

 

 

 

 

 

 

 

.INTRODUÇÃO

 

 

                                                                         “Existir. A que será que se destina¿” (Cajuína -  

                           Caetano Veloso)    

 

“Perguntar por si mesmo – o que faz no mundo, de onde vem, qual sua missão, para onde vai – sem sombra de dúvida estabelece o ponto de partida de todo filosofar e, quiçá, de toda construção filosófica. Não existe ninguém que, pelo menos uma vez na vida, não se tenha formulado tais perguntas e que, bem ou mal, explícita ou implicitamente, não as tenha respondido ou acreditado responder. A resposta é necessária, porque encerra em si a significação da própria existência. Não responder é o mesmo que ter a vida suspensa numa incógnita. Suprimir ou evitar a pergunta é impossível, porque quem vive por viver, sem querer pensar sobre o significado disso, não pode suprimir a vida mesma e o problema imanente contido nela, a sua existência.” (Melloni, 1998: 17-18)

 

Existir

 

Existir...

Resistir... (re)existir...

Insistir...

Pressentir...

a substância,

e não desistir.

 

E sentir...

a essência,

a angústia.

O não gosto,

o não quero,

a dor, em ânsia.

 

E viver...,

 a dor e o prazer,

de ser humano.

Marco Antônio Dib

 São Paulo, 09 de outubro de 1994

 

                                                                    

 

 

Gente

 

Gente olha p’ro céu

Gente quer saber o um

Gente é o lugar

De se perguntar o um

Das estrelas se perguntarem

se tantas são

Cada, estrela se espanta

à própria explosão

Gente é muito bom

Gente deve ser o bom

Tem de se cuidar

De se respeitar o bom

Está certo dizer que estrelas

estão no olhar

De alguém que o amor te elegeu

pra amar

Marina, Bethânia, Dolores,

Renata, Leilinha,

Suzana, Dedé

Gente viva, brilhando estrelas

na noite

Gente quer comer

Gente que ser feliz

Gente quer respirar ar pelo nariz

Não, meu nego, não traia nunca

essa força não

Essa força que mora em seu

coração

Gente lavando roupa

amassando pão

Gente pobre arrancando a vida

com a mão

No coração da mata gente quer

prosseguir

Quer durar, quer crescer,

gente quer luzir

Rodrigo, Roberto, Caetano,

Moreno, Francisco,

Gilberto, João

Gente é pra brilhar,

não pra morrer de fome

Gente deste planeta do céu

de anil

Gente, não entendo gente nada

nos viu

Gente espelho de estrelas,

reflexo do esplendor

Se as estrelas são tantas,

só mesmo o amor

Maurício, Lucila, Gildásio,

Ivonete, Agripino,

Gracinha, Zezé

Gente espelho da vida,

doce mistério[4]

 

.O existencialismo e o humanismo contemporâneo moriniano[5] e a gente

(...)

 [pesquisa etimológica detalhada, a ser reescrita e sintetizada:] Gente, etimológica e filologicamente, procede do vocábulo latino gens, gentis; a primeira definição do termo gente no dicionário é, de modo geral, a designação de uma pluralidade de pessoas.

 

Gens é um termo que, na Roma Antiga, representava a identidade familiar de um determinado conjunto de famílias, largamente inscritas na aristocracia romana. Os membros da gens encontravam-se ligados pela concepção do genus, de uma linhagem definida pela ancestralidade e feitos militares dos seus antepassados.[1]

 

Conceito

 

O conceito de gens baseava-se numa noção de "solidariedade aristocrática", emanada da relação da gens com os seus antepassados, surgindo como elemento de distinção e mérito pessoal na obtenção de um posto destacado da administração imperial romana.[2]

A sociedade política romana constituia-se de várias gentes - nominativo plural de gens - participando activamente da sua vida política, exercendo funções e magistraturas de relevo na administração republicana e imperial de Roma. A pluralização de gens a gentes é, de certo modo, reveladora da actuação de um número considerável de grupos familiares no seio da sociedade política romana, tanto na acção prática, como colaborando na elaboração de construções teóricas que contribuíam para a constituição de identidades de cariz simultaneamente particular, pelo seu formato, e colectivo, uma vez que representavam grupos sociais mais abrangentes no seio da sociedade romana. Tentava-se assim estabelecer, por um lado, uma hierarquização desses grupos sociais com base nas suas origens ancestrais, indicadoras da sua inserção primordial no universo aristocrático.[3]

O conjunto de famílias que se encontravam ligadas politicamente a uma autoridade em comum, usando o mesmo nome por se julgarem descendentes de um antepassado comum, o "pai da gens", pater gentis. A gens tinha seu equivalente na Grécia Antiga com o nome (geno), que se formava a partir de uma grande família consanguínea com um antepassado em comum. O geno é a unidade. Várias gens constituem uma fratria e várias fratrias uma tribo. Além de tudo são pessoas que se juntam para um objetivo em comum.

Por exemplo, a gens Cornélia incluía os Cornélios Cipiões, Cornélios Balbos e Cornélios Lêntulos.[4]

O sippen bárbaro, com o significado de grupo ou clã, estava directamente relacionado com a gens romana.[5]

 

Evolução do conceito inicial

 

Após o século II, outros grupos sociais de menor relevância, ao adquirirem projecção social e política, passam a participar ao lado das gentes nas tarefas administrativas, levando a uma confluência terminológica do termo com a nobilitas, definida pelo conjunto específico daqueles que exerciam cargos e funções civis e militares no aparelho burocrático do mundo romano nas épocas do Principado, e do Império Romano tardio. Gentes e nobilitas acabam por se fundir em termos conceptuais, revelando o surgimento de uma identidade nobiliárquica colectiva superior.[3] A partir de finais do século VI, e do VII, as fontes hispano-visigóticas mostram uma efectiva vinculação entre os termos gens/gentes e nobilitas, representando uma perspectiva de conjunto do grupo nobiliárquico hispano-visigodo, com a definição de uma identidade nobiliárquica colectiva assente em virtudes morais e militares, como a fidelitas e a fortitudo. Após a conversão ao catolicismo do Reino Visigótico da Hispânia, esta identidade passaria a abranger tanto as grandes famílias de origem visigoda, como as famílias hispano-romanas.[6]

São Juliano de Toledo, historiador da Hispânia visigoda dos finais do século VII, transpõe a noção de uma gens gothorum para uma gens spanorum, caracterizada pelas mesmas virtudes e valores positivos usados para definir a primeira desde os tempos de Isidoro de Sevilha. Juliano aponta, no entanto, mesmo que indirectamente, a presença de diversas gentes no reino hispano-visigodo de Toledo, constituíndo-se como grupos nobiliárquicos por vezes aliados ao poder régio, por vezes disputando o poder com este.[7]

 

Evolução etimológica

 

O substantivo "gente", presente na língua portuguesa, origina-se do substantivo latino gens, gentis, com o significado de raça, família, tribo, ou ainda “o povo de um país, comarca ou cidade”. Encontram-se exemplos do uso do termo, tanto no singular como no plural, em textos desde o século XIII ao XV, de que é exemplo estes trechos das "Cantigas de Santa Maria", do século XIII:[8]

‘No que o moço cantava / o judeu meteu mentes, e levó-o a ssa casa, / poi se foram as gentes.

mas o monge lla cuidou fillar, mas disse-ll’ a gente'

 

A partir do século XVI, a forma singular torna-se predominante, entrando a forma plural gradualmente em desuso, embora ainda se encontrem exemplos até ao século XIX.[8]

Na língua castelhana, o filólogo Joan Coromines documenta abonações desde o século XIII até ao XV, sendo predominante o uso do plural, como em "las yentes",[8] afirmando que nessa língua a forma plural fica relegada ao estilo eclesiástico.[9] [6]

Houaiss e Villar (2008), no minidicionário da Língua Portuguesa, reconhecem como significados do vocábulo gente: multidão de pessoas, povo; o conjunto de habitantes de uma região, país etc.; o ser humano; grupo de pessoas com mesmo interesse, profissão, trabalho etc.; a família; número indeterminado de pessoas (p. 375). Em um dicionário mais antigo (Ferreira ,1986) os possíveis significados atribuídos de sentido relacionadas para ao mesmo vocábulo são: quantidade maior ou menor de pessoas indeterminadas, povo; determinado número de pessoas que têm em comum certas características, ou profissão, ou interesse; pessoal; número indeterminado de pessoas, ou mesmo uma só pessoa, alguém; o gênero humano, a humanidade; o ser humano; homem, pessoa; habitantes de determinada localidade, região ou país, população, povo; partidários ou sequazes de uma idéia, de uma facção ou causa política, companheiro, camarada; família ou empregados.[texto a adaptar, sintetizar]

Assim, considerando os possíveis significados atribuídos de sentido relacionadas para ao mesmo vocábulo, buscamos então organizá-los, primeiro, todos, eliminando as repetições, seguida, por bloco de sentidos:

A)em ordem alfabética

- o conjunto de habitantes de uma região, país etc.

- o gênero humano

- a família

- a humanidade

-o ser humano

- alguém

- grupo de pessoas com mesmo interesse, profissão, trabalho etc.

- homem

- multidão de pessoas

-camarada

-companheiro

-determinado número de pessoas que têm em comum certas características, ou profissão, ou interesse

-empregados

-família

-habitantes de determinada localidade, região ou país

-número indeterminado de pessoas

-partidários ou sequazes de uma ideia, de uma facção ou causa política

-pessoa

-pessoal

-povo

-população

-quantidade maior ou menor de pessoas indeterminadas

-uma só pessoa

 

B)Blocos de sentido

- o conjunto de habitantes de uma região, país etc.

-habitantes de determinada localidade, região ou país

-povo

- população

 

 

 

Os habitantes de um lugar

 

- o gênero humano

- a humanidade

- o ser humano

- homem

 

 

A espécie humana

 

- a família

-família

 

O grupo familiar

 

- multidão de pessoas

-quantidade maior ou menor de pessoas indeterminadas

 

Um conjunto indeterminado de pessoas

 

-camarada

-companheiro

-partidários ou sequazes de uma ideia, de uma facção ou causa política

 

Os vínculos entre

as pessoas

 

 

-empregados

 

Pessoas próximas

 

 

- alguém

-pessoa

- uma só pessoa

 

Uma pessoa

 

-pessoal

-grupo de pessoas com mesmo interesse, profissão, trabalho etc.

-determinado número de pessoas que têm em comum certas características, ou profissão, ou interesse

 

 

Um conjunto de pessoas

 

 

Como vimos, O vocábulo gente é abrangente, pode significar desde quantidade de pessoas, população [e] até para definir o caráter (quando dizemos, por exemplo, “fulano é gente!”; neste sentido exprimimos admiração e referindo-nos a um ser humano autêntico, naquilo que nossa espécie tem de melhor; alguém que prazerosamente consideramos nosso próximo, nosso irmão (a língua inglesa possui um vocábulo que bem define essa condição: gentleman). Por outro lado, também pode ocorrer o contrário: há pessoas que se comprometem num comportamento tão irregular, em atitudes tão indignas, que somos levados a dizer “Não é gente”; situam-se assim os que cometem crimes hediondos, os tiranos, os estupradores, os vândalos, os que se comprazem na maldade, causam-nos horror, pois parecem ter perdido a humanidade e comportam-se como feras.

 A expressão também é usada por grupos radicais que, numa visão estreita e preconceituosa, tendem a aceitar como seus iguais – a sua gente – apenas os que têm a mesma cor, a mesma crença, a mesma concepção política, o mesmo time de futebol, a mesma preferência, de modo que o “outro” não é gente, não é considerado gente. Assim, por exemplo, gente, para os antigos judeus, eram os filhos da raça – o povo escolhido. Os demais, meros gentios, estrangeiros sem expressão. Enfim quem é gente? Quem é nossa gente?

Evidentemente, destaca-se o fato de o vocábulo gente referir-se à coletividade (“o gênero humano”, “a humanidade”, “o ser humano” etc., enfim a espécie humana)[7]. E, por outro lado, também “ a uma só pessoa” e “alguém”, individualizando o referente de natureza coletiva. Gente como “partidários ou sequazes de uma ideia, de uma facção ou causa política”, indica crença comum, “companheiro” e “camarada” de ideias e causas, em interação e familiaridade - “família ou empregados”. O vocábulo gente tem valor coletivo [e afetivo!], valendo pelos pronomes eu e tu ou ele, nos casos em que a língua culta usa nós, [inscrevendo-se no universo simbólico da pessoa, pessoalidade, intimidade, cumplicidade, proximidade, com laços / vínculos / ligações.[8][texto a adaptar, sintetizar]

 (...)

 

111S... tais HumanuS...

1 SER ÚNICO,

EM VERTICALIDADE.

 

1SER UNO,

EM TOTALIDADE.

 

HUMANIDADE.

ASSIM SOMOS,

HOMOS

SAPIENS SAPIENS

E DEMENS.

O SUMO

E O

 HÚMUS.

1SER

EM FERTILIDADE.

 

HUMANIDADE.

MANA

E

MANÁ,

ASSIM SOMOS, APENAS HUMANOS...

 

Marco Antônio Dib SP, ... de ..... de ....

 

Assim somos, gente, seres humanos, pessoas, estudantes, trabalhadores e profissionais, intelectuais e militantes, em nosso agir e fazer cotidiano, na vivência constante da emoção[9], e-labor-ação e re-flexão que podem resultar, que resultam em infinitas produções culturais[10]. Cada um, cada qual, com suas próprias histórias de vidas, cujo (auto)conhecimento permite revelar-nos o que que somos, as crenças e a cosmovisão das quais participamos (Penso aqui na história também como estória, um processo de perlaboração, isto é, o trabalho de apreensão e de apropriação reflexiva, de “reconstrução” do vivido na formação singular - no processo de individuação - da pessoa, do grupo ou da sociedade)” (Dib: 2002: 8).

 O que pode levar-nos a entender um pouco das motivações profundas que orientam nosso modo de sentir, imaginar, pensar e agir, particularmente, de querer buscar e atribuir sentido a tudo para .... Possibilitam-nos “reconhecer, entre outras coisas, em especial, o poder do imaginário, que, por meio dos mitos, dá sentido (significado e direção) ao curso da história, à cultura, à sociedade, aos grupos e às pessoas; ou seja, a força das imagens e dos mitos coletivos, que são apropriados e reinterpretados de modo singular em imagens e mitos pessoais que nos conduzem pela existência” (op. cit.).

Neste sentido, queremos “mergulhar para voar”, pois conhecimento é autoconhecimento: cada um, mergulhando em si mesmo, para sentir que a vida lhe fez e o que cada um faz de sua minha vida, existencialmente marcados pelas suas crenças, concepções, valores e visões de mundo. ... bem como nos poderes do imaginário e da razão, dos conhecimentos, da educação e da busca de sentido e significado.

Enfim, ...,  desejamos, elucidar um pouco os nossos próprios “mistérios”, o mito pessoal de cada um, e os mitos coletivos dos quais somos partes, participamos, como modo de praticarmos o princípio de que conhecimento é autoconhecimento. Pois, somos parte e desdobramento de um percurso de vida singular, de um trajeto de vida, em um país, também reconhecidamente, bastante singular, cada qual com seu “trajeto antropológico” (Durand,1997: 43 e 48)[11].

Neste sentido [sentimento e direção], para chegarmos as estas proposições iniciais foram fundamentais:

a)meu percusso de formação [descrevê-lo; colocar aqui o que já tenho escrito no mestr.]

(...)[texto abaixo a adaptar, sintetizar:]

Criado em 1994, junto à Área Temática da Pós-Graduação: ‘Cultura, Organização e Educação’ e ao Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação (EDA) da Faculdade de Educação da USP, o CICE[12] vincula-se ao GRECO-CRI - Groupement de Recherches Européennes Coordonnées – Centres de Recherches sur l’Imaginaire, cujo fundador foi o Prof. Gilbert Durand em 1966, e atual diretor, Prof. Michel Maffesoli, pertencendo ao CNRS – Centre National de la Recherche Scientifique/France.

Suas atividades começaram, informalmente, sem enquadramento institucional, por decisão de um grupo de pesquisadores da FEUSP, seus atuais membros fundadores. A equipe em formação pretendia explorar o domínio do imaginário de modo mais circunstanciado, pluralista e livre. Entretanto, esse ‘estudo exploratório’ acabou por se desenvolver em quadros institucionais, principalmente, devido à atuação da maioria de seus membros na Pós-graduação da FEUSP.

Atualmente, a área de estudos que esse grupo desenvolve já tem um perfil epistemológico definido em termos de linhas de pesquisa e uma expressiva produção de livros, artigos, teses e dissertações, que vêm estudando, a partir de temáticas diversas, as complexas relações existentes entre Imaginário, Cultura e Organizações Educativas. O que caracteriza os trabalhos é o fato de, a partir de um solo paradigmático comum – a ‘Escola de Grenoble’, cujas raízes se fincam na Teoria do Imaginário de Gilbert Durand, tratarem de temáticas diversas de acordo com o olhar e a escuta específica de cada pesquisador. Entre as linhas de pesquisa, estão:

•ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DAS ORGANIZAÇÕES - Investigação das aplicações, em termos de métodos e heurísticas de pesquisa, das teorias antropológicas clássicas e modernas, às organizações educativas. Compreensão da dimensão antropológica na relação pedagógica, apreciação e crítica estética bem como na produção artística;

•ANTROPOLOGIA DO IMAGINÁRIO E CULTURANÁLISE DE GRUPOS - Investigação do imaginário como fator de organização do real através das práticas simbólicas dos grupos sócio-culturais.

•SÓCIO-ANTROPOLOGIA DO COTIDIANO E EDUCAÇÃO - Análise do cotidiano escolar a partir das práticas simbólicas e educacionais da escola, articuladas ao imaginário social;

•CULTURA ESCOLAR BRASILEIRA - Estudo de algumas dimensões analíticas envolvendo a cultura escolar brasileira e as relações entre o campo educacional, discursos e práticas escolares.

O CICE tem por objetivo criar um espaço de pesquisa, estudos, circulação e trocas disciplinares de temas relacionados ao imaginário e à cultura. Atualmente, os pesquisadores a ele vinculados vem desenvolvendo as seguintes atividades: realização de projetos de pesquisa, seminários de estudo, cursos de atualização para professores da rede de ensino fundamental e médio e de universidades, orientação de estágios de formação, iniciações científicas, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Relativamente à pesquisa, já foram completados três Projetos Integrados de Pesquisa, financiados pelo CNPq, a saber: O Estudo do Imaginário de Alunos de Escolas de 1º e 2º Graus (1991-1995) e Imaginário e Cultura Escolar Brasileira: a Produção de Textos na e sobre a Escola (1995-1997). No momento, está em andamento mais um Projeto Integrado do CICE, sobre o tema: Violência, Imaginário e Educação: raízes histórico-hermenêuticas, da problemática, formas simbólicas de manifestação, tematologia e paisagens mentais na escola, sob a coordenação do Prof. Dr. José Carlos de Paula Carvalho.

Quanto aos seminários de estudo, o CICE os tem realizado anualmente, com o objetivo de oferecer um espaço de apresentação e reflexão do conteúdo temático tanto aos alunos da Pós-graduação, como a todos os interessados nestas linhas de pesquisa. Atualmente estamos desenvolvendo o VI CICLO DE ESTUDOS: SEMINÁRIOS SOBRE CULTURA & IMAGINÁRIO, cuja programação anual pode ser consultada a partir de seu site: www.cice.pro.br: espaço virtual de divulgação das atividades e produção do CICE. “

 Constituído “por um grupo de pesquisadores que compreende docentes, graduandos e pós-graduandos” o CICE “é ligados a várias universidades brasileiras, entre elas: USP, UNICAMP, UNESP, UNB, UFSCar, UFMT, UFMA, UFPI, PUC/SPetc, .atualmente é coordenado por:

•Prof. Dr. José Carlos de Paula Carvalho (FEUSP)

•Profa. Dra. Maria Cecilia Sanchez Teixeira (FEUSP & UNIP)

•Profa. Dra. Maria do Rosário Silveira Porto (FEUSP)

•Profa. Dra. Helenir Suano (FEUSP)

•Prof. Dr. Marcos Ferreira Santos (FEUSP)”

Prof. Dr. Rogério de Almeida (FEUSP)

(...)[texto a adaptar, sintetizar, acima e abaixo:]

Em perspectiva decorrente e em convergência com o CICE foi criado também o Grupo de Estudos Mitos e Imaginário - GEMsI], que iniciou suas atividades em 04/11/2010 e ainda encontra-se em atividade (nov. 2018), fundado e coordenado pelos Professores Maria do Rosário S. Porto e Marco Antônio Dib, seus idealizadores iniciais. Com uma agenda de 01 encontro mensal, evento gratuito e aberto que dispensa inscrição prévia, de frequência facultativa e gratuita, recomendando-se apenas a leitura prévia dos textos selecionados. Sediado e sempre realizados em locais-espaços cedidos pela Faculdade de Educação (FE) da USP[13]. Com um encontro mensal, de duração de 3 hs., seu público alvo são pesquisadores, estudantes e demais interessados pela temática.

Conforme depoimento da Prof. Maria do Rosário, o GEMsI  tem “por eixo basilar de reflexão a temática ‘IMAGINÁRIO, CULTURA E EDUCAÇÃO’”. E conta que desde “ meados da década de 80, um grupo de pesquisadores – docentes e alunos – na Faculdade de Educação da USP vêm se interessando em desenvolver estudos e práticas na intersecção “imaginário, cultura e educação”, sob inspiração do prof. José Carlos de Paula Carvalho, seu iniciador. Foi na linha de pesquisa da pós-graduação dessa Faculdade - “Cultura, Organização e Educação” – que esse grupo se concentrou, desenvolvendo um considerável acervo de dissertações e teses defendidas, de artigo e livros, e de encontros, colóquios e cursos. O imaginário, numa perspectiva durandiana, é aqui considerado como um sistema dinâmico organizador de imagens e de símbolos, cuja função é colocar o homem em relação de significado com o mundo, com o outro e consigo mesmo. A cultura, enquanto universo das mediações simbólicas, perimetra e organiza os grupos, sendo, pois, concebida como o conjunto de sistemas simbólicos e práticas sociais, essas entendidas como práticas simbólico-educativas. Transversando ambos, a educação é, segundo J.C. de Paula Carvalho, a prática simbólica de base que realiza a sutura entre as demais práticas simbólicas, de modo que as organizações sociais constituem grupos reais e relacionais que vivenciam códigos e sistemas de ações, e aos quais correspondem práticas sociais que, por serem simbólicas, são necessariamente organizacionais e educativas, na medida em que criam vínculos de solidariedade e de contato. Daí a propriedade de examinar esses aspectos tanto na escola, como num universo de organizações e práticas simbólico-culturais mais amplo.”[14]

Assim, desde o início, vinculado-filiado ao CICE, e procurando dar continuidade a ele, o GEMsI assim foi formado com o intuito de promover estudos, discussões e oficinas sobre os temas em questão. Para tanto, mitólogos como Joseph Campbell e Mircea Eliade, teóricos do imaginário, em especial Gilbert Durand e seus seguidores, bem como autores convergentes com esses campos de estudo vêm se constituindo nas escolhas dos membros do GEMsI para esse fim: um “trabalho investigativo ...[que pretende] tentar conciliar a Razão e a Sensibilidade, numa razão sensível, através das pesquisas sobre o Imaginário e a sua organização do real, bem como sobre suas relações poéticas com o mundo da Cultura e da Educação”  (Ferreira Santos, 1998 e Roger, 1991).

E com o objetivo de estudar e debater “as principais obras que norteiam as temáticas do mito e sua implicação no imaginário”, a dinâmica de funcionamento do grupo baseia-se no estudo de livros-bibliografia definida previamente (a partir do segundo livro, com consulta ao grupo: leitura prévia-estudo verticalizado do livro escolhido, apresentação de resumos e questões para discussão por participantes do grupo. As vivências: oficinas, vinculadas às temáticas estudadas, a cada três encontros de estudo. -O café coletivo. Encaminhamentos. Ao final do encontro realizamos alguns encaminhamentos e definimos algumas vivências ao longo do ano. Perfil do grupo: alunos de graduação e pós-graduação, professores, coordenadores e técnicos da SM/PMSP ou outras instituições / e outros interessados, vinculados à Educação

A bibliografia de referência básica inicial, composta por principais obras de: DURAND, Gilbert (1982, 1983, 1988, 1997 e s/d ). Os .1s. Livros estudados/ em estudo:

CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. São Paulo: Palas Athena, 1990. [já encerrado]; .ELIADE, Mircea. O sagrado e oprofano. São Paulo: Martins Fontes, 1992. [em estudo]. A sugestão de livro para início de estudos foi “O  poder do mito”, de Joseph Campbell (Editora Palas Athena, 1990, 1ª parte), apontado pelos coordenadores. Em 05 de dezembro de ...., agora no horário das 13h30 às 16h30 já estávamos estudando e discutindo o livro: “As estruturas antropológicas do imaginário, de Gilbert Durand”, em continuidade aos encontros anteriores.”.[15] ...outra obra ... estudada foi “O imaginário”, de Durand, G. -), já em 02/08/12, cuja pauta do dia foi : “a)Continuação/ finalização da apresentação do livro em estudo - Durand, G. - O imaginário -, pela Marisa Farah (de "BALANÇO CONCEITUAL E NOVO MÉTODO DE ABORDAGEM DO MITO" até o final) b)Café coletivo c)Discussões e encaminhamentos Ao final do encontro realizamos alguns encaminhamentos e definimos algumas vivências ao longo do ano. A próxima vivência é o 1º Sarau Mitos & Imaginário.”[16]

(...)

Seus encontros tem por instituições presentes (desde a formação até o último encontro realizado): FEUSP, PMSP / SME, ECA / USP, FMU, UNICSUL, UNISA, FATEC, STILO-PRIV, SESC, entre outros,sem vínculo explicitado, as instituições presentes nos últimos 05 encontros (considerando a presença, em pelo menos três deles): FEUSP, PMSP / SME, FMU, SESC, vínculo não explicitado

No decorrer do GEMsI, por iniciativa de Marco Dib e apoio da Profa. Maria do Rosário, o grupo desdobou-se na (re)formação e continuidade de outro grupo, pois já em uma sua segunda fase, o Grupo de Estudos ‘Novas Traquinagens de Eros’ - G.E.N.T.E. [fazer breve histórico Dib (...). Ver anexo III e VII [o 1º grupo GENTE...]...], direcionado à prática de pesquisa, utilizando-se do referencial teórico metolológico .... e na perspectiva .... ver anexo... . data de fund. e funcionamento A PARTIR DE 08/11/2011; propositura de pesquisas e ... publicação de “A saga de \lyra.... e Harry potter....”. ... Tb .... contatos e trocas com o grupo de estudos da Fund. Campbell [apresentar- contar sinteticamente e vincular  com]...[texto a adaptar, sintetizar, acima e abaixo:]

 

(...)

O grupo GENTE, em sua primeira formação e fase, era um grupo que procurava desenvolver projetos voltados A EDUCACAO PARA UMA CONSCIÊNCIA ESTÉTICA.

Para possibilitar maiores reflexões, vivencias e práticas em direção a uma “Educação humana (!) para a consciência estética”, busca[va] ... desenvolvimento do ser humano através da arte, ou seja, das próprias experimentações do ser humano, um grupo de profissionais da educação (composto por elementos de diversas áreas de conhecimento); e vinha se constituindo desde dezembro de 2008. Em sua maior parte por professores da rede pública de ensino da cidade de São Paulo, atuantes em sala de aulas no Fundamental I, Fundamental II e Educação Média - nas áreas de Educação Física, História e Ciências e Biologia. Esses educadores se uniram ainda a outros profissionais das áreas de filosofia e psicanálise, cujos interesses eram voltados para a educação. De acordo com um dos idealizadores do Grupo G.E.N.T.E – Grupo de Estudos Novas Traquinagens de Eros, o Pedagogo Marco Antonio Dib, “o grupo foi formado por pessoas que convivem com a dura realidade educacional e escolar brasileira. Pessoas que já se conheciam porque trabalharam juntos e mais algumas que foram conhecendo no processo de formação da equipe. Todos eles têm em comum uma inquietude quanto a sua vivencia educacional, uma inquietude característica daqueles que querem mudar / transformar. Decidiram se encontrar periodicamente para estudar, vivenciar, experenciar, sonhar e agir juntos e, com isso, trabalhar uma nova concepção de educação”, explicou o pedagogo.

O Grupo GENTE visiona a educação [como uma luta anticapitalista], com uma proposta que percorre a contramão da visão da educação vigente, formadora de mão de obra para a máquina de guerra que são nossas sociedades. Para o grupo é preciso conceber a educação como Arte, entende-la como ação de revolta e de subversão criativa. Tal compreensão nega a ordem estabelecida, o estático, a manutenção da exploração e da alienação, apontando um fôlego para a utopia, para o outro lugar, para o que não existe, para o outro mundo, no qual a criação não seja sufocada pelo cerceamento da máquina social empenhada em administrar vidas, em impor sentidos que não criamos e tampouco escolhemos.   Com esse intuito os membros do Grupo GENTE procuram orientar suas atividades para o desenvolvimento do ser humano através da arte, ou seja, das próprias experimentações do ser humano. Com o propósito de contribuir para a transformação desse sistema repressor e opressor em que vivemos, considerando-se toda a racionalidade que acaba por bloquear as ações mais humanizadoras e que transforma o ser humano apenas em uma peça a mais que compõe a sociedade capitalista, partindo assim para a prática de outra referencia educacional que leve em consideração o ser humano na sua inteireza, de modo que reconduza a razão aos seus limites.

Além disso, para os membros do grupo caberia a todo educador disponibilizar meios ou ferramentas artísticas pautadas em vivências e experimentações para que as pessoas aprendam autenticamente os conceitos e sentidos que se quer desenvolver. Pois, é necessário criar no vivenciar os novos conceitos e mescla-los à ação construtiva do próprio ser humano, ao dar livre vazão a sua fantasia desinteressada, criando novos sentidos para si e para a vida. “É hora de abandonarmos a caduca idéia de que só se aprende olhando e escutando, e acolhermos a idéia de que apre(e)nder é fundamentalmente viver os novos sentidos e conceitos em profunda ligação com a nossa existência, assentando-os no solo fértil de nossa imaginação, sonhos e devaneios. Nesta perspectiva, espacialidade e temporalidade, corporeidade e linguagem, entre outras categorias essenciais que condicionam a existência humana e o próprio mundo, precisam ser experienciadas e vivenciadas de outro modo, muito mais perceptivo, sensível e estético, no qual razão e sensibilidade se façam outro, em con-fusão e em tensão vital, ou seja,equilíbrio tensional”, concluiu o pedagogo Marco Antonio.

Para o desenvolvimento das propostas de trabalho do grupo são desenvolvidas oficinas de Sensibilização e Mobilização voltadas para educadores e educandos, atendendo as redes públicas e particulares de ensino, bem como Organizações não Governamentais -ONGs, entidades culturais e órgãos afins. [texto a adaptar, sintetizar acima ]

(...)

 

.O CAPITALISMO, A CONDIÇÃO EXISTENCIAL HUMANA, A DIGNIDADE DA CONDIÇÃO EXISTENCIAL HUMANA E  A INDIGÊNCIA - as condicionantes existenciais das gentes e a luta anticapitalista

 

-O lucro acima da vida?- o valor da vida totalmente voltado para lucros, a mercantilização da vida

 

...colocaram o lucro sempre acima da vida,  de tudo e de todos, acima do bem estar dos seres humanos, dos seres vivos e da Natureza. Vivemos (sobrevivemos!!!) a plena irresponsabilidade do mero interesse “econômico”, que destrói todo e qualquer bom senso, no puro afã do maior lucro e a qualquer custo.

O quão gananciosa é a sociedade e o quão imersa no capitalismo ela está, uma vez que põe o lucro acima da vida.  Seus agentes, que estão o tempo todo buscando solapar os fundamentos do controle democrático, colocam em primeiro lugar o lucro diante dos interesses da grande maioria e diante da própria vida, em suas várias formas, bem como diante da Natureza.

Essa é a lógica insana do capital: o lucro acima da vida. Enquanto uma minoria parasitária fica podre de rica, a grande maioria que produz a riqueza é explorada, saqueada e assassinada, nenhum cuidado com a vida das pessoas e da natureza como um todo; tudo é sacrificado em vista do lucro, que não deveria estar acima da vida, dos sentimentos e subjetividades das pessoas... “Na verdade, não precisa imaginar, pois nós já vivemos nesse mundo, em que as maiores empresas e conglomerados têm mais poder que o próprio governo, controlando o que vestimos, comemos, assistimos, compramos, falamos e até estudamos na faculdade”. O lucro não está acima da vida! ...não a mercantilização da vida[17] e  a lógica do caminho fácil, do lucro máximo imediatista, a curto prazo (Chomsky, Noam . O lucro ou as pessoas- neoliberalismo e ordem global. Bertrand Brasil e Achbar, Mark e Abbott, Jennifer. A Corporação. ...)

A todo instante o capitalismo quer nos reduzir, todos, a coisas e mercadorias, e os poucos, mas significativos resistentes, tornam-se símbolos do oposto, pela expressão de seu desejo consciente de vida, da sua força engajada em atos de criação e resistência, de suas lutas cotidianas e extraordinárias etc. (...)

 E, assim nós, a gente, luta por uma sociedade em que os seres humanos-transformados-em-coisas-mercadorias possam ser (re)consideradas e se (re)conhecerem como gente, pessoas, seres humanos, plenas da dignidade da nossa condição existencial.

Neste sentido, ressaltamos que, etimologicamente, a origem da palavra digno vem do latim dignus.a.um., que tem o sentido de (e são seus sinônimos): ‘ser apropriado ou merecedor de alguma coisa’. Dignus (Etimologia (origem da palavra dignidade). Do latim dignitas.atis.) vem da raiz decet  -decente-, que significa ‘ser correto, conveniente ou apropriado’; “honesto; que expressa decência, merecedor; apropriado; honrado, íntegro, correto, que é conveniente; que tem bom caráter; de boa conduta; que demonstra dignidade (. característica ou particularidade de quem é digno; atributo moral que incita respeito; autoridade. Maneira de se comportar que incita respeito; majestade. Atributo do que é grande; nobre. Ofício, trabalho ou cargo de alta graduação: dignidade de juiz. Ação de respeitar os próprios valores; amor-próprio ou decência. Uso Antigo. Religião. Tipo de vantagem ou benefício que está atrelado a um cargo eclesiástico. Uso Antigo. Religião. A pessoa que detinha o benefício acima citado. Dignidade é sinônimo de pudicícia, respeitabilidade, integridade, honradez, honestidade, decência, decoro, honra, distinção, probidade, pundonor, seriedade. E a expressão fide dignus significa literalmente “digno de fé” ou “merecedor de confiança”.  

Seus antônimos (contrário) são: indigno, ignóbil”; ....indig..., como in-digno, indignidade,       imoralidade, indignidade, indecência.[18](...) [desenvolver, continuar]...

 

-A influência do capitalismo na educação e o capitalismo cultural em vigor[19]

 

A professora Olgária Matos, do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, por exemplo, discute a influência do capitalismo na educação – cada vez mais submetida a avaliações de produtividade e à privatização. No artigo “Cultura capitalista e humanismo: educação, antipólis e incivilidade”, ela define o “capitalismo cultural” em vigor hoje: o modo de produção que integra as realizações espirituais no mercado consumidor segundo as determinações do custo-benefício e de amortizações rápidas de investimento. “A cultura capitalista é a da simbiose entre economia e cultura e se constitui pela dessublimação repressiva de desejos, pela ilimitação do consumo e pela produção permanente de carências e falta, determinando uma cultura do excesso, de tal forma que a sociedade de mercado atual conduz à incivilidade.” (...)[20]

 

 .A cultura capitalista, cultura da Falta e do Excesso[21]

      “O capitalismo pode colocar um rosto alegre em um pedaço de merda e vendê-lo, porém a merda continuará sendo merda e continuará fedendo.” (...ver...)

“... os jovens em protesto. É a vida deles que está em jogo e, se não a deles, pelo menos a saúde mental e capacidade de funcionamento deles como seres humanos livres de mutilações. O protesto dos jovens continuará porque é uma necessidade ‘biológica.’ ‘Por natureza’, a juventude está na primeira linha dos que vivem e lutam por Eros contra a Morte e contra uma civilização que se esforça por encurtar o ‘atalho para a morte’, embora controlando os meios capazes de alongar esse percurso. Mas na sociedade administrativa, a necessidade biológica não redunda imediatamente em ação; a organização exige contra-organização [a cultura estabelecida, a cultura capitalista, exige contra-cultura]. [Ainda] Hoje, a luta pela vida, a luta por Eros, é a luta política.” (Marcuse, 1999: 23)

 

O capitalismo é um modo de vida  e como tal gerador de cultura, a cultura capitalista, que incorporada ao nosso modus vivendis cotidiano - o modo de vida capitalista contemporâneo -, é a realização, a concretização, de uma cosmovisão cujos elementos básicos fundantes, plenamente articulados entre si, identificamos como sendo: - o egoísmo / o egocentrismo, - o individualismo, - a competição, - a monetarização ou economicismo, - a mercantilização, - o possessismo, - o consumismo, - o imediatismo, - o superficialismo, - o utilitarismo, - o pragmatismo, - o realismo, - o materialismo, - a alienação, - o fetichismo, - o narcisismo, - o hedonismo.

A Profª Olgária Matos (op. cit. - nota 18) afirma ainda em seus estudos, que “a cultura capitalista é a da simbiose entre economia e cultura e se constitui pela dessublimação repressiva de desejos [ ], pela ilimitação do consumo e pela produção permanente de carências e falta, determinando uma cultura do excesso, de tal forma que a sociedade de mercado atual conduz à incivilidade”[22] .

 Ou seja, segundo nossa perspectiva, a cultura capitalista é a Cultura da Falta e do Excesso, portanto, em um constante e paradoxal desequilibro, e que nos conduz à barbárie.

Neste sentido, a flagrante incompatibilidade entre os princípios fundamentais da cultura capitalista e o princípio do Amor é inequívoca e irrefutável. Pois os princípios basilares da cultura capitalista atuam, como veremos, de tal modo articulados na complexa dinâmica entre Eros e Thanatos, que acabam por induzir e estimular modos de relações humanas e comportamentos que desprezam e aniquilam a vida [numa necrópolis, a cultura da morte][23] o amor, a solidariedade, a compaixão etc., enfim, qualquer valor que não seja útil para o bom desempenho da máquina capitalista em seu processo de mercantilização da vida e das criações humanas.

Como já amplamente estudado e afirmado no capitalismo tudo é visto como mercadoria e como tal pode ser mercantilizado, tudo pode ser posto no mercado e comercializado, para ser comprado e vendido, basta apenas calcular e colocar um preço, um valor monetário, porque há mercado até mesmo para a vida humana (inteira ou “em pedaços”), para o erotismo e a sensualidade, utilizando-se, ainda, dos sentimentos e das afeições, dos desejos e sonhos também como ingredientes para obtenção do lucro. Assim, o princípio do Amor não está apenas ausente da engrenagem social do capitalismo; este modo de vida prescinde totalmente dele para se expandir e tornar-se hegemônico no mundo, visto que é precisamente no estímulo ao egoísmo, a antítese do amor, que ele tem lubrificado suas engrenagens [fazer ref.].

Conforme ressalta ...?? há um terrível e fatal ciclo vicioso do egoísmo na sociedade capitalista.  E, para melhor compreende-lo, é bom lembramos que no capitalismo o principal modo de inserção social ocorre por meio da relação de troca no mercado de trabalho que, de modo geral, tornar-se-á parâmetro para as demais relações sociais.

Ainda, até curiosamente, mas não por mera coincidência, a sociedade capitalista baseia-se na convicção de que os “vícios privados” [individuais] geram as “virtudes públicas”, ou seja, “graças à “Mão Invisível” a busca de cada um por sua própria realização permite que todos se realizem “[fazer ref.]. A competição, resultante da livre concorrência, ao possibilitar o ótimo desempenho das leis de oferta e procura o faz de modo que o sistema de preços sinaliza “as boas e acertadas” escolhas que cada um dos agentes nela inserido, os indivíduos, realizarão, tendo por objetivo maximizar a consecução de seus propósitos, prazeres, enfim, de seu bem-estar, da sua satisfação e felicidade.

Como vimos, trata-se, portanto, de uma engrenagem social e uma cultura que se nutrem da competitividade, do individualismo e do egoísmo, introjetando e estimulando esses valores no ser humano.

Também, para adentrar ao mundo social e satisfazer suas necessidades e desejos, o homo aeconomicus rende-se ao trabalho rotineiro e alienado, tornando-se peça de uma engrenagem cujos fins, num primeiro momento, não lhe importa se sejam “flores ou canhões” (fazer referência) -, já que seu objetivo principal é o salário, isto é, obter dinheiro e, por meio dele, mercadorias, bens, serviços, propriedades etc.

Em decorrência desta forma de inserção no mundo social e de satisfação de necessidade e desejos, os indivíduos desenvolvem uma visão monetarista ou economicista, na qual o dinheiro, o capital, o lucro, são tomados “como medida de tudo e de todos, de modo que a aceitação das pessoas depende do que consomem e possuem; a cultura capitalista nos ensina a aplicar todo o tempo na obtenção de lucro”, vantagens e facilidade (obter o máximo, com o mínimo de esforço; fazer o mais fácil e não o melhor etc.) e o estímulo ao modo de viver preocupando-se somente com o aqui e o agora.

Como no mercado de trabalho ou no mercado de bens e serviços, as relações são construídas a base de troca e passam a ser parâmetros para as relações humanas. Assim, a própria vida social acaba por constituir-se em uma “imensa rede de trocas cujo resultado é uma ”imensa acumulação de mercadorias” “ onde cada membro, individualmente e em atitude de rivalidade e competição no sistema capitalista, acredita que tem a liberdade de realizar solitariamente (e não solidariamente) seus projetos de vida.

O resultado final é “uma sensação de vazio, de incompletude, uma insatisfação com o sentido da própria existência, um certo sentimento de hostilidade contra o mundo, as pessoas, a vida e uma igual sensação de que tudo lhe é hostil; e ainda uma indignação ao perceber que as promessas de um mundo de abundância e desenvolvimento para todos não se cumprem. Nem todos podem ter acesso aos mercados e a acumulação sem limites põe em risco a capacidade do Planeta fornecer seus recursos e suportar os dejetos do materialismo. A perda de sentido da vida é decorrência do fato de que, entregue à rotina de trabalho, as pessoas tem suas potencialidades humanas subutilizadas e estagnadas e assim, a única busca de prazer passa a ser o consumo do superficial, do divertimento que nada mais é que entretenimento fugaz, consumo [da produção cultural de massa] daquilo que está pronto e não precisa gastar mais tempo ainda para produzi-lo” e,  acrescentamos,  do prazer relativamente fácil, obtido também através do consumo de drogas, de sexo e outras mercadorias. [parei reescrita, escrita própria e  primeira revisão, a partir daqui, adaptar desenvolver-continuar....:]

Homens autômatos, estagnados, alimentam uma máquina social, cuja lógica é determinada por valores não humanos e se há progresso tecnológico ou material, ele se dá às custas da coisificação dos homens que se tornam mais alienados de si mesmos, dos outros e da natureza. O trabalho rotineiro subutiliza as potencialidades humanas, as suas energias criativas, seus anseios éticos e estéticos. Surge inevitavelmente uma sensação de incompletude, de vazio e a saída, neste sistema, tem sido a busca por consumo retro-alimentando a engrenagem social. Quanto mais consumo, mais trabalho, mais prosperidade, melhores os indicadores econômicos, maior apoio político “E la Nave Va”.

Assim, realimenta um ciclo vicioso que tende a aprofundar a crise moral sistêmica e a impossibilidade de busca de alternativas. Eis o ciclo vicioso do egoísmo na atualidade:

O egoísmo impele o homem a buscar a consumir o máximo e imediatamente para satisfazer seus apetites ilimitados, e uma vez que nada, nem ninguém, é capaz de saciá-lo ele sente-se ainda mais vazio e entrega-se cada vez mais a essa busca irracional e a tendência é sentir-se cada vez menos completo, mais faminto de algo que ele não sabe definir bem o que é.

Na sociedade do consumo, da compulsão e do culto ao consumo, as ansiedades em superar a separação existencial, são amenizadas pelo consumir, pelo possessimo do ter, pelo comer, engolfar algo externo que nos complete, pelo ocupar os sentidos com sensações, como o cigarro, exemplo típico, que ocupa o olfato, o paladar, a visão e o tato.

Em momentos de ansiedade, ao invés de olharmos para dentro do ser e descobrir de que estamos correndo, simplificamos a busca através da aquisição de uma mercadoria, de um sonho de consumo, ou mesmo de um entretenimento fugaz. Os casos extremos, que combinam o ato de engolfar algo externo e o propiciar de uma fuga da realidade por demais insatisfatória, encontram-se no consumo de drogas e entorpecentes e na promiscuidade sexual.

O vício de drogas no contexto da sociedade contemporânea, por mais que estas tenham se popularizado num contexto de contestação político-social (décadas de 1960 e 70), a partir dos anos neoliberais assumiu um (não)sentido relacionado à depressão, ao pânico, à fuga de uma realidade sem finalidade enobrecedora, à incapacidade de encontro de uma causa pela qual viver. O vício de drogas (inclusive álcool e outros mecanismos de alteração da consciência), na atualidade, é uma forma mais sofisticada de negar-se a participar, negar a ação, uma vez que a crise do idealismo, somada à necessidade de adequação à máquina capitalista, aprofunda ainda mais o vazio de sentido experimentado pelas sociedades.

A consequência deste progresso é o aumento da separação do homem dele mesmo, de sua humanidade. Maior a abundância material, maior a miséria moral, neste sistema, e não é por acaso que o crescimento do abismo social, da indiferença social, da violência urbana, tem-se feito acompanhar ao longo da história da expansão do capitalismo. Especialmente na medida em que é a própria competitividade estimulada pelo sistema de mercado quem engendra a separação entre “vencedores” e “perdedores” na sociedade humana.

Só há uma saída autêntica neste momento. Só um sonho não é ilusório: O desenvolvimento maduro e consciente da capacidade de amar. E a revolução espiritual ora em curso deve apostar no Amor, amor que dói nas entranhas mas que vence o egoísmo em si mesmo.

            Assim, ao responder a questão "por que os jovens usam drogas?" tornou-se comum para psicólogos e psiquiatras acreditarem que há uma relação causal entre o uso de drogas e a desestrutura familiar ou a problemas financeiros, mas isso não é uma verdade. Os dados nos mostram que é cada vez maior o uso de drogas em famílias abastadas, aparentemente estruturadas, com diálogo, compreensão e afeto. Os dados derrubam a tese de que um problema desta ordem pode acometer apenas famílias desorganizadas, pobres e amorais, sendo comumente associada à classe de baixa renda, em particular, associada a menores abandonados, prostitutas e mendigos (UCHÔA, 1996, p.133).               

Se as drogas não estão associadas apenas a desestrutura familiar ou à carência material e intelectual, então, por que os jovens usam drogas? O problema das drogas não é somente um problema familiar, uma vez que ela atinge famílias bem estruturadas, com afeto e boa educação.  O uso de drogas são os meios que os indivíduos usam para buscar mais prazer do que a sociedade oferece e para aliviarem suas frustrações e insatisfações com uma sociedade que perdeu seus valores, que se tornou relativista e fragmentária. Os ritmos de mudança na sociedade contemporânea são muito rápidos, deixando os indivíduos desorientados e pressionados pelas exigências do dia-a-dia. Vivemos uma época onde a família como formadora da individualidade se fragmentou, onde não há mais valores pré-estabelecidos, onde a ética individualista do lucro tornou-se a moral social, onde a racionalidade do capital transformou o consumo em necessidade orgânica e onde valores religiosos se tornaram mercadoria barata.  Os jovens usam drogas porque não há mais rumos pré-estabelecidos, não há mais valores [?], não há mais limites, somente o que importa é a busca do prazer imediato. A sociedade criou um mundo consumista onde os jovens vivem de prazeres imediatos e são criados sem frustrações diferentemente de seus pais. Eles estão desorientados, não têm limites e sofrem a pressão do mundo externo com suas regras e normas.  As drogas são os meios que o indivíduo busca para aumentar o nível de prazer que as coisas não podem oferecer e para se livrar das tensões dos estímulos causados por uma realidade repressiva, que desumanizou o homem e humanizou o dinheiro e os bens materiais. O homem se tornou apenas uma coisa, um objeto, um parafuso em uma engrenagem. Ele é apenas um número: um número de RG, um número de CPF, um número na escola, um número na empresa, um número na guerra. É algo substituível, o puro nada. Dessa forma, as drogas se proliferam como narcóticos que aliviam as tensões, causam prazer e fornecem um “mundo melhor” para se viver. Elas produzem um alívio momentâneo, mas potente, que altera o funcionamento bioquímico do cérebro, possibilitando a sensação de prazer, mas que as vezes tem se tornado um caminho sem volta.

Quanto à relação da cultura capitalista e o exercício da sexualidade, do sexo, é bom lembrar que o capitalismo é um sistema regido pelos interesses do capital e pela lei de mercado. O centro é o dinheiro e o restante é relegado para os planos inferiores.

Para Reich, nos primórdios do capitalismo, a moral repressiva deveria facilitar a formação de novos contingentes de trabalhadores, e assim, o sexo "normal" era aquele restrito à procriação.

De acordo com Marcuse, a cultura capitalista sacrifica o prazer humano ao deus do lucro máximo e, portanto, ao princípio do desempenho econômico. Para isso, o corpo humano deve ser deserotizado, deixando a sexualidade restrita às zonas genitais, isto é, às áreas de procriação.

O indivíduo deserotizado, incapacitado de manifestar os seus sentimentos mais profundos, passa a intensificar seus "exercícios" sexuais. Para usar uma imagem pretensamente lírica, é um corpo amando sem alma. O corpo torna-se pouco para dar prazer, é necessário um componente a mais: uma máscara, um véu, um chicote..., pois isso, também, interessa à indústria.

Para Freud, a repressão e a sublimação dos instintos sexuais corresponde a uma condição necessária para a vida em sociedade; para Reich, a reprodução da sexualidade está a serviço das sociedades autoritárias; e Foucault sustenta que o capitalismo avançado espalha o sexo e aumenta o seu poder por meio dele.

O sistema capitalista lança seus produtos e cria a necessidade no consumidor para adquiri-los. Ele cria também, o sexo que lhe convém, exerce-se assim um poder que é muito mais eficiente e mais sutil do que o da repressão aberta e do autoritarismo explícito. Um exemplo disso é que em 1997 os Estados Unidos movimentou oito bilhões de dólares com o mercado do sexo, somente os "Sex-shooping" vendem mais de 2.000 produtos.

As pessoas no sistema capitalista vivem a vida como estando numa "feira de vaidades": são competitivas, individualistas, egocêntricas, consumidoras, desconfiadas dos outros e de si próprios, esta somatória de características impede as pessoas de serem solidárias e essencialmente humanas. O prazer é mecanizado e atrelado ao poder de compra. O sexo se torna artigo de consumo e é fragmentado. Isso elucida bem a solidão e a alienação da sexualidade contemporânea.

As exibições do corpo de homens e mulheres têm sido usadas como instrumentos de propaganda para todo tipo de produtos - de carros a bebidas. Há muito, comunicadores, feministas e filósofos denunciam a mercantilização do que já foi tabu. O psiquiatra Jurandir Freire Costa vê um fenômeno mais amplo em curso e relata que ''O próprio sexo, hoje, é a mercadoria''. Isto é uma forma de articular o prazer sexual na lógica do mercado. Ou seja, não estamos mais, como antes, utilizando o sexo para vender mercadorias; o próprio sexo, hoje, é a mercadoria.

O sexo que deveria ser uma experiência da vida privada, da intimidade, do segredo pessoal torna-se atualmente, artigo público. E isso é explorado pela mídia com muita eficiência. Ele tornou-se um símbolo de status que deve ser imitado pelos que ainda não chegaram lá. No fundo, o sexo não vende um produto qualquer; ele vende ''tipos humanos'', ''figurinos de indivíduos'' que são os que mais se adaptam e ajudam a manter o modo de vida das sociedades ocidentais contemporâneas e das sociedades culturalmente colonizadas, como a brasileira, conforme ilustra o psiquiatra Jurandir Freire Costa.

O sexo tornou-se uma fonte de renda que chega a ser mais lucrativa do que o tráfico de drogas e armas, como reporta a revista carta capital de dez/2002. O artigo "Os negócios do Sexo" informa que na classe média norte-americana, cerca de 300 mil menores de 18 anos estão se prostituindo. Isso para satisfazer a compulsão de comprar roupas e acessórios de marcas famosas. Cada programa sexual com esses adolescentes sai por volta de US$ 80.

Conforme o especialista Manuel Finellis, membro da End Child Prostitution in Ásia Tourism (ECPAT), uma organização que se dedica a pesquisas e publicações de denúncias voltadas a combater o tráfico de pessoas entre outras, informa que a questão fundamental do problema acima mencionado, diz respeito à diminuição da auto-estima da menor, uma vez que um objeto posto no comércio chega a valer mais do que o próprio corpo.

A pedofilia é uma das vertentes de exploração, com ela a criminalidade organizada internacional (COI) fatura US$ 5 bilhões por ano, sem contar o lucro obtido com fotos, internet e revistas.

A América do Sul contribui em 15% com o universo de prostitutas integradas ao mercado internacional da prostituição. A Indochina é o maior pólo de turismo sexual do planeta na atualidade. Atende por ano, 18 milhões de turistas do sexo, incluídos pedófilos.

Pessoas transformaram-se em mercadorias, o tráfico de mulheres e crianças vem sendo considerado mais lucrativo do que o de armas ou drogas. A explicação é que elas podem ser vendidas e revendidas por várias vezes, durante até 20 anos. Para o COI o tráfico de pessoas gera até US$ 7 bilhões, isto em apenas numa parte da Ásia.

No início da hegemonia capitalista no Ocidente, de acordo com psiquiatra Jurandir Freire Costa, "a adesão aos valores hegemônicos era imposta em nome do trabalho, da ética religiosa, da tradição familiar, do amor à pátria etc. Quanto mais disciplinados e reprimidos fôssemos no corpo e na alma, melhores trabalhadores, pais de família, religiosos e cidadãos seríamos. Hoje nos pedem que esqueçamos tudo isso. Não existe trabalho para todos, a família foi posta de lado, a ideia de pátria ou nação tornou-se arcaica e obsoleta. Restou a competição feroz, a indiferença em relação aos miseráveis, a exploração cruel dos que ainda trabalham, a violência urbana, a epidemia de drogadições, a degradação do meio ambiente e outras tragédias que todos conhecemos. Como, então, seduzir, conquistar, convencer os indivíduos de que, mesmo com tudo isso, esse sistema em que vivemos ''é o melhor, o mais avançado, o mais moderno, o mais desejável''? A solução foi persuadir os indivíduos de que nesse sistema, temos possibilidades de ter ''mais prazer, mais excitação, mais êxtases cotidianos'' do que em qualquer outro conhecido! O sexo passou, assim, a ser uma espécie de ''vitrine'' dourada fabricada para ocultar a sarjeta moral que temos diante dos nossos olhos e narizes. Antes o sexo reprimido era utilizado para mostrar as ''virtudes angelicais'' da ética do capitalismo, como disse Max Weber; hoje o sexo é manipulado para exaltar a ''liberdade do prazer'' que só podemos ter se abrirmos mão de qualquer crença contrária ao modo dominante de vida. Não é por acaso que grande parte da propaganda ocidental contra o obscurantismo dos chamados ''fundamentalismos fanáticos'' se escora nos casos de opressão da sexualidade. Ele chama a atenção para o papel do sexo como ''garoto-propaganda'' do capitalismo global" . 

Evidentemente que o sexo é um valor importante e precisa ser valorizado em todos os âmbitos, estando integrado à pessoa humana e vale mais do que qualquer objeto ou dinheiro. A pessoa e se corpo precisa ser resgatada e colocada no seu devido lugar, ou seja, inserida e elevada no lugar de ser humano, recusando-se ao superficialismo que se manifesta desde o cuidado extremado com “as aparências” até a recusa em exercer faculdades humanas elementares (refletir, criar, decidir etc). O poder precisa estar sintonizado com a razão humanizante e ser percebido e compreendido por todas as pessoas. Já paramos para pensar se quem vale mais somos nós ou o dinheiro? Oportunizamos em sua vida esse tipo de discussão e reflexão? 

Conforme Marcuse (1999: 22), “... a energia erótica dos Instintos de Vida não pode ser libertada sob as condições desumanizantes da afluência lucrativa”; portanto, faz-se necessário o desenvolvimento de necessidades não-econômicas, a abolição do trabalho alienante e a consideração da vida como um fim em si mesmo indicando, ainda, a necessária junção das dimensões erótica e política.

Quanto aos relacionamentos e vínculos afetivos-emocionais na lógica consumista da atualidade PAULO VICTOR BEZERRA (UNESP-CAMPUS DE ASSIS, JOSÉ STERZA JUSTO - UNESP - CAMPUS DE ASSIS), demonstram que a A cultura capitalista atual enfatiza sobremaneira o consumismo apoiado em uma lógica que se dissemina e incute na subjetividade dos sujeitos de maneira tal que atinja as mais variadas esferas da vida. O referido pesquisador examinou diversos conflitos acerca dos relacionamentos amorosos, tentando compreendê-los como expressão da chamada cultura pós-moderna no que diz respeito ao modo como tal cultura estrutura as relações e os vínculos emocionais e afetivos entre os indivíduos. Utilizou-se de uma metodologia de análise fundamentada no referencial psicanalítico, tomando como base a proposta de Mezan, denominada de categoria extramuros (MEZAN, 2002), e nas propostas metodológicas de análise de conteúdo apresentadas por BARDIN (1979). Analisou, assim, setenta e quatro consultas apresentadas pelos usuários de sites da Internet especializados em consultas e aconselhamentos amorosos. E concluiu que os modos de subjetivação predominantes na atualidade, presente nas mais diversas esferas da vida, são também constatáveis e apreensíveis na esfera da vida amorosa dos sujeitos e são os agentes responsáveis por grande parte, senão a maior, dos conflitos amorosos relatados pelos sujeitos que buscam aconselhamento amorosos. As pessoas se buscam e vivenciam o amor tal como o fazem com qualquer mercadoria disponível para o consumo, estabelecendo entre si relacionamentos efêmeros, fugazes e centrados em satisfações imediatas. As agruras sentimentais dos consulentes, traduzidas por suas queixas, denunciam as mazelas da contemporaneidade .

            De acordo com o Professor Marcos Spagnuolo Souza, em "Capitalismo: cultura panótica e cultura líquida", que faz uma reflexão fundamentada em Zugmunt Bauman, a cultura capitalista iniciou sua formação a partir do século XVIII e o primeiro momento da referida cultura foi caracterizado pelo panoticismo e o segundo momento é determinado pela cultura líquida.

Na cultura panótica predomina a eliminação de qualquer comportamento desviante. Todas as atitudes desviantes são prontamente identificadas, isoladas antes de produzirem alguns danos irreparáveis. O panoticismo possui por base o comportamento regulado e submetido a uma rotina, monótona e inflexível.

O segundo momento do capitalismo é denominado de cultura líquida que teve seu início com o neoliberalismo cujas características são as seguintes: cultura comprometida com o desengajamento, descontinuidade e esquecimento do passado; eliminação das restrições e desmontagem dos conceitos de transgressão, onde tudo é permitido; ausência de objetivo predominando a incerteza difusa e uma quebra de rotinas incessantes, evitando qualquer cristalização de hábitos e normas; não estabelece objetivo nem traça uma linha terminal; há mudança, sempre mudança, nova mudança, mas sem destino, sem ponto de chegada e sem a previsão de uma missão cumprida; todos os lares são apenas hospedarias no meio do caminho; predomina a pálida evidência da futilidade, nada nascendo para viver muito; perda da autoconfiança e com ela a coragem de imaginar e esboçar modelos de perfeição; a vida sendo presidida por um mercado de consumo calcado na rápida substituição; o paradigma para avaliar, auditar, monitorar, julgar, censurar, recompensar e punir são critérios do mercado de consumo, satisfação e o lucro instantâneo; um mercado de consumo propagando a substituição imediata dos bens que não são mais lucrativos; o consumismo destronando a duração, promovendo a transitoriedade e colocando o valor da novidade acima do valor da permanência; a avaliação para um bom produto sendo determinada pelas vendas e resultados de bilheteria; os planejadores deixam de fora de seus cálculos às preocupações de longo prazo, planejando o máximo impacto e a obsolescência instantânea.

Em síntese podemos dizer que o homem e a mulher gerados pela cultura líquida são seres “humanos” fúteis, onde todas as ações são permitidas, predominância da ausência de objetivos, quebras constantes de rotina, constantes mudanças sem ponto de chegada, vida precedida pelo consumismo, pelo lucro e satisfação rápida .

Assim, a cultura capitalista, a cultura da Falta e do Excesso... [a desenvolver]

[A saída: politização/movimentos/ação - o ser humano como ser político, agindo / atuando politicamente contra a cultura capitalista, em movimentos de contra-cultura e de arte-educação ... [ desenvolver]

Romper com a lógica desta cultura capitalista baseada na obtenção de ganância ao máximo, na transformação da vida em mercadoria. Pois, nossa humanização requer a desmercantilização das relações sociais, a democratização dos vínculos, a descolonização cultural do ser / do indivíduo. E isto significa, uma vez mais, uma alfabetização política, que permita “desnaturalizar” acultura capitalista em seus elementos de base.Resistir a esta visão que coloca a vida e como mercadoria e a cultura da posse, do ter no lugar do ser. Recuperar a vida humana, como vida política, implica desafiar também as marcas e cicatrizes que a colonização cultural deixa e recria em nossas subjetividades, como o racismo, o culto às autoridades, a dependência ideológica das idéias do chamado Primeiro Mundo, a fetichização da propriedade que nos foi alienada historicamente em sucessivos saques, todos amparados pela impunidade dos antigos e dos novos genocidas.

O “homem novo”, como tentou criar o Che com sua própria vida, ou a “nova mulher”, encarnam os valores e atitudes opostos ao tipo de homens e de mulheres que reproduzem a cultura capitalista: egoístas, consumistas, individualistas.

Nascer homens novos e mulheres novas, não como algo pronto, acabado, mas como revolução permanente, é um desafio atual da “pedagogia da esperança e da autonomia”, como nomeara Paulo Freire a educação popular. Nascer sem apuros, mas de maneira sustentável, novas organizações e novas sociedades, é uma tarefa deste tempo. Os Povos criarão, nesse caminho, uma política, uma maneira de ser humanos e humanas, em que se enamorem as palavras e os atos, os valores e as condutas, os desejos e as relações, as esperanças e a dura batalha cotidiana da sobrevivência, a teoria e a prática, as ciências e as paixões.

“Deixe-me dizer-lhe, a risco de parecer ridículo, que o revolucionário verdadeiro está guiado por grandes sentimentos de amor”, escreveu Che em 1965. Talvez, desse encontro do amor e a política, nasçam novos homens e mulheres... que tenham maior capacidade subversiva frente às opressões, uma curiosidade sem limites no conhecimento, uma indignação mais sincera frente a cada injustiça, e uma entrega solidária que convite a que, muitos outros homens e mulheres, se atrevam a nascer, não no mundo pré-estabelecido, mas no mundo novo que estaremos inventando]

 

 

.Cultura, transgressão, (a)normalidade, marginalidade e educação – complexidade e imaginário na compreensão das (des)razões de ser homo demens[24]

“A cultura capitalista é narcisista,

                                                                                                     hedonista e sem qualquer freio é-

                                                                                                  tico; [é] a fuga da morte” (...ver....)

 

[introduzir descrevendo o grupo GENTE, em sua segunda fase...:]

(...)

 

.O Homo sapiens sapiens e demens [conforme Edgar Morin] [a desenvolver, correlata à leitura arquetípica e simbólica abaixo]

 

-O universo imaginário da (in)completude  / (não)plenitude do ser humano -  o ciclo mítico do desejo[25]

 

A CONDIÇÃO HUMANA

 

 
  acondiçãohumana
 

 

 

 

 

 

 

 

-A grande saga da humanidade, da existência e condição humanas (individual e-ou coletiva)

I-[fazer uma introdução] [Para pensar e pesquisar, desenvolver...]

A grande saga (a jornada, a aventura, a travessia, a viagem, a bliss etc.) da humanidade, da existência e condição humanas (individual e-ou coletiva);

a)a partir do “Humanismo aberto” (G. Durand), da “Antropolítica” (E. Morin) e da “Educação Fática (J. C. de Paula Carvalho)

b) as questões fundamentais da existência e condição humanas, os grandes temas-temáticas-problemáticas, em suas dimensões míticas e-ou arquetipais, que todas as sociedades e pessoas se colocam: de onde viemos, onde estamos, e para onde vamos – a inteligibilidade – o(s) sentido(s)

(melhor) expressas nas produções culturais, em especial nas Artes, particularmente

c)na Literatura [e]

d)no Cinema[26]

e)e outras (na Dança, no Teatro, etc etc etc).

Enfim, nas produções culturais em geral e-ou:

1- “ literatura de ficção, ou melhor, aventuras fantásticas”. Como possibilidades: Harry Potter, Crepúsculo, Crônica de Nárnia, Senhor dos Anéis, Percy Jack, O avatar e os quatro elementos, Lenda de Beouwf, Crônicas de Gelo e Fogo, O labirinto do fauno, Guerra nas Estrelas entre outros [conf. interesse e decisão do grupo]

2-na literatura clássica brasileira. Como possibilidade: obras de Guimarães Rosa, Machado de Assis etc.

 

II-Base teórico-metodológica: estudos, pesquisas e produção escrita sobre

.Imaginário, Cultura

                                   .e a condição humana (o ser humano) e a condição supra-humana (o herói)

                                  .e o humanismo aberto (G. Durand), a antropolítica (E. Morin) e a

                                                           educação fática

             (Teoria Geral do Imaginário  - Teoria da Complexidade – Teoria Holonômica

                                                 e outras, com afinidades e convergências)

                                    .e a Literatura

                                    .e o Cinema

                                    .e outros

                                    .e a Educação

III- Metodologias:

 

a)Metodologias de investigação do Imaginário (incluindo a mitocrítica, mas não só)

 

.Filosofia Antropológica [base, pressupostos]

                 .Ciência do Homem – Ciência da Unidade do Homem [propostas paradigmáticas convergentes – referências teórico metodológicas -metodologias]- Ciência do Mito

                                  .Mitodologia

                                                     .Mitocrítica e .Mitanálise

                                                                                           e outras .Mitohermenêutica

(...)

 

Assim, para brilharmos em constelação.... a propositura de uma fundação cooperativa solidária[27] “fundada” sob as bases:

1-da dignidade da condição existencial humana,

2-dos direitos e deveres humanos e

3-dos princípios da solidariedade e fraternidade, liberdade (*) e igualdade (**)..., atualizados ao humanismo durandiano e moriano[28], a ter sua funcionalidade e operacionalidade nos moldes e configurações – estruturação – de fundação e cooperativa solidária [fazer junção], conforme o ideário, a ideologia, anarco-socialista [desenvolver pesquisar].

(...)

 

 

 

 

 

.[desenvolvendo o]  PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – PDI

 

[consiste no documento em que se define o escopo, a missão da instituição e as estratégias-meios para atingir suas metas e objetivos]

.Introdução

 

.PERFIL INSTITUCIONAL[29]

 

< >Breve HistóricoMissãoObjetivos e Metas (...);Área (s) de atuação[30] estudos, pesquisas e produções culturais[31], individuais e coletivas, de pessoas e grupos, de modo solidário, nos moldes da economia solidária.

 

 

.MISSÃO

....da fundação cooperativa solidária, suas finalidades, o escopo maior e objetivos ...

 

.ESTRATÉGIA:

 ... - Meios - Os meios para se atingir o escopo, os objetivos e finalidades – as armas, os instrumentos

-Metas, Objetivos e Ações

(...)

 

.POLÍTICAS DE RELACIONAMENTO, PARCERIA E ATENDIMENTO AO PÚBLICO-ALVO

< >Programas de apoio pedagógico e financeiro (bolsas).Estímulos à permanência (programa de nivelamento, atendimento psico-pedagógico).Organização estudantil (espaço para participação e convivência estudantil).Acompanhamento dos egressos. [32]), na seguinte ordem de prioridade: crianças, adolescentes e adultos, todos com direitos de se tornarem sócios e associados [ver se há diferenciação]

 

1-círculo familiar: “primeiro nossa gente”... nossas crianças, adolescentes e adultos, respectivamente em ordem de prioridade –família DIB e aparentados, em vários graus...;

2- círculo relacional das famílias, da gente: agregados, amigos e conhecidos;

3-pessoas em situação de vunerabilidade e risco, indicadas nos níveis anteriores;

4-pessoas com necessidades de apoio e suporte, indicadas nos níveis anteriores;

5-todas as pessoas, indicadas pelos níveis anteriores.

(...)

 

I.PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP - E CULTURAL DA INSTITUIÇÃO 

< >Inserção internacional-nacional e regional;[Reafirmação dos] Princípios filosóficos e referenciais técnico-metodológicos gerais que norteiam as práticas (...) da instituição;Organização didático-pedagógica da instituição, seus programas, projetos e ações[33]Plano para atendimento às diretrizes pedagógicos, estabelecendo os critérios gerais para definição de:1) Inovações consideradas significativas, especialmente quanto à flexibilidade [dos programas, projetos e ações dos “currículos“- “componentes curriculares”, “conteúdos];2) Oportunidades diferenciadas de integralização curricular dos programas, projetos e ações;3) Atividades práticas, estágio e outras modalidades;4) Desenvolvimento de materiais pedagógicos;5) Incorporação de avanços tecnológicos.Políticas de Ensino; Políticas de Extensão;Políticas de Pesquisa (para as IES que propõem desenvolver essas atividades acadêmicas);Políticas de Gestão;Responsabilidade Social da IES (enfatizar a contribuição à inclusão social e ao desenvolvimento econômico e social da região).[34]:

 

(a desenvolver ...: toda a fundamentação teórica e o referencial teórico metodológico....)

 

O “NOVO ESPÍRITO CIENTÍFICO E ANTROPOLÓGICO”[35]

 

Aqui “procuramos explicitar o sentido do “novo espírito científico e antropológico”, bem como a teoria geral do imaginário em seus fundamentos, como um referencial teórico-metodológico que, diante da crise do racionalismo clássico e das contundentes críticas à razão prática, instrumental e fechada, procura reconduzi-la a seus limites, através da proposição de uma outra razão, aberta e plural. Referencial esse que se assenta em uma proposta de reparadigmatização, centrada na recuperação e valorização da razão simbólica e cultural - portanto, do imaginário - buscando a sutura epistemológica entre natureza e cultura e a apreensão, compreensão e interpretação dos trajetos antropológicos em sua singularidade.

 

.A teoria geral do imaginário como referencial teórico-metodológico

 

Já há um bom tempo, a partir principalmente do último quartel do século XX, as pesquisas científicas de ponta  e as teorias críticas frankfurtianas  e pós-modernas , com as decorrentes rupturas epistêmicas que provocaram, têm fragilizado a antiga e, aparentemente, inabalável confiança epistemológica no paradigma  cultural e científico aristotélico-cartesiano, no racionalismo clássico (Morin, 1984; s/da: 186-209 e  s/db: 31-2), deixando perplexo o mundo ocidental.

Com as recorrentes reformulações teóricas, algumas delas verdadeiras revoluções, o aprofundamento e a ampliação dos conhecimentos científicos até então vigentes tornaram-se imprescindíveis para a maior e melhor compreensão do problema epistemológico da complexidade (Morin, s/db) dos fenômenos e da própria realidade como totalidade sistêmica, dinâmica e aberta. As rupturas epistemológicas decorrentes dessas reformulações e revoluções possibilitaram a um número significativo de estudiosos e pesquisadores, das mais diversas ciências, o desvelamento e a denúncia da fragilidade dos pilares em que os conhecimentos científicos clássicos se sustentam.

Desse modo, muito contribuíram para um adequado entendimento da crise e esboroamento das bases fundamentais do racionalismo aristotélico-cartesiano, da epistemologia e das ciências clássicas (Morin,1984 e s/db: 14-8; Durand, 1982: 23-4 e 44-52). Conseqüentemente, para uma melhor compreensão da perda da confiança epistemológica (Santos, 1988: 47), da crescente deslegitimação do saber (Coelho, 1993: 85-6) e, também, do poder da racionalidade tecno-instrumental, que se verificam na contemporaneidade. Mostrou-se, claramente, que os pilares da ciência e do racionalismo clássicos, ao assentarem-se em uma ontologia dualista, dicotômica, estão fundamentados nas lógicas da simplificação, da redução, da disjunção e da exclusão, tendo por base epistemológica a lógica cartesiana, a análise explicativa e o causalismo determinista (Morin, 1984). Vislumbrou-se, a partir daí, que “... em face da razão clássica, há outras razões possíveis e outras formas de fazer ciência...” (Durand, 1982: 32).

Assim, intensificou-se o desvelamento da forte articulação entre ciência e técnica, bem como a enorme cisão existente entre “o que fazer” - a razão técnica - e  “o por que fazer” - a razão política -, separação sempre afirmada em nome da utilidade social ou da produtividade do trabalho - a razão prática, como se elas fossem mutuamente excludentes. Evidenciaram-se a ”colonização” e manipulação dos conhecimentos científicos por projetos de dominação e exploração do homem.

Percebeu-se, portanto, o quanto a razão se converteu “... no grande mito unificador do saber, da ética e da política” (Morin, 1984: 295) e tem sido mistificada nas ideologias da objetividade e neutralidade científica (Chauí, 1989: 31-5) e da condução metódico-racional da vida (Paula Carvalho, 1989: 83), do “viver segundo a razão”, em particular a razão econômica e administrativa. Isto é, o quanto a razão moderna tem estado, ideologicamente, em consonância com os princípios utilitários, pragmáticos da economia política e da administração, daí decorrendo, por exemplo, a prioridade dada ao enfoque das dinâmicas e fatores macro-estruturais, que toma o domínio político-econômico como a causalidade sobredeterminante, em detrimento das dimensões microestruturais da vida cotidiana, na perspectiva sócio-cultural, antropológica. Produziram-se, deste modo, discursos de legitimação dos saberes e poderes, que, assentados na regra  da competência, da autoridade do “falar sobre”, enfim, no discurso competente (Chauí, 1980: 27-29 e 1989: 3-38), cujos reais fundamentos são dissimulados pela autoridade tecno-científica aliada à tecnoburocracia estatal. Pois, baseia-se na univocidade de uma razão que reduz e exclui tudo que for incompatível com seu universo de ação, o praxeológico.

Por isso, a razão clássica, solidária ao racionalismo industrial, tornou-se instrumento de poder, de dominação – manipulação e controle – e exploração, ao instaurar uma lógica da ordem social, racionalizada e racionalizadora, na qual tudo que a perturba precisa ser eliminado, visto que se configura como demência ou criminalidade (Morin, 1984: 301). É a Modernidade contemporânea expressão do domínio dessa lógica, “... à medida que privilegia a implantação de macro-sistemas econômicos e políticos e, ao mesmo tempo, a adaptação do indivíduo a normas, modelos sociais e ideais de produtivismo e progresso.” (Porto,1999: 91).

Contudo, como vimos, a consciência da solidariedade ideológica existente entre ciência, técnica e poder, reforçada ainda pela contundente denúncia da desrazão, da irracionalidade, repressão e violência do totalitarismo da razão tecno-instrumental (Deleuze apud Hansen, 1994: 43-4) e pela constatação da própria saturação dos sistemas de interpretação (Maffesoli, 1988: 57-61 e Teixeira,1990: 17 e 98), pelo vislumbramento da inoperância e falência dos modelos explicativos vigentes  trouxeram à tona muitos questionamentos fundamentados em críticas bastante incisivas e apropriadas. Em especial, sobre os motivos pelos quais, no mundo ocidental, privilegia-se um determinado modo de conhecer, assentado na previsibilidade e no controle - na manipulação - dos fenômenos e um certo modo de agir (Sahlins, 1979) orientado pela racionalidade tecno-formal. Pois, o domínio desta lógica tem determinado a racionalização generalizada da cultura e da sociedade, da existência humana, em consonância com um espírito economicista, produtivista e pragmático. Assim, tais críticas à razão prática (op. cit.), alimentadas por uma profunda renovação da psicologia e da antropologia , trouxeram à tona muitos questionamentos sobre a lógica moderna da ordem social racionalizante, o que possibilitou a formulação de efetivos ”contra-discursos críticos”, que procuram reconduzir a razão aos seus limites, como por exemplo, as propostas de reparadigmatização  - o paradigma da complexidade de Edgar Morin (1984), a ciência do homem de Gilbert Durand (1982: 55-64) e, na convergência desses, o paradigma holonômico, conforme José Carlos de Paula Carvalho (1990) -, que buscam a sutura epistemológica entre natureza e cultura e centram-se na dimensão das mediações simbólicas.

Para Durand (1997), a guinada paradigmática e civilizacional, cultural, que vivenciamos, encontra-se fortemente enraizada em um “novo espírito científico”. Isso porque a derrocada gradual do (neo)positivismo, sempre unidimensional e totalitário, mutilador do ser humano, de seus saberes e  capacidades, viabilizou o surgimento das várias epistemologias de vanguarda. Essas acabaram convergindo para um “novo espírito antropológico”, para um novo modo de pensar, que recoloca ao mundo ocidental a possibilidade de revalorizar as imagens significativas da representação humana, permitindo à Antropologia a recuperação da razão simbólica e cultural, isto é, “... o poder das imagens e a própria realidade dos símbolos” (Durand: 1982: 26) e, portanto, do imaginário.

Esse novo espírito científico e antropológico, ao radicalizar a problematização da condição humana, do sentido da existência e dos conhecimentos, criou as condições para se colocar em questão o paradigma clássico dominante, baseado em uma racionalidade científica totalitária “... que nega o caráter racional a todas as formas de conhecimento que não se pautarem pelos seus princípios epistemológicos e pelas suas regras metodológicas.” (Santos, 1988: 48).

As abordagens epistemológicas contemporâneas já reconhecem que a intervenção do imaginário e de uma outra racionalidade - figurativa e metafórica - não só é essencial para a existência humana, mas para a própria produção científica. E, apesar, ainda, da forte hegemonia do paradigma clássico, cada vez mais estudiosos e cientistas das mais diversas áreas de conhecimento buscam re-conhecer o homem por inteiro, recuperá-lo na integridade de seu ser, de seus diversos saberes e capacidades, particularmente no que tange às (des)articulações entre razão e imaginação e à necessidade vital de um equilíbrio entre as mesmas. É nesse sentido que têm se desenvolvido as pesquisas do Centre de Recherche sur l’Imaginaire, na França - particularmente de um de seus membros-fundadores, Gilbert Durand, um antropólogo, discípulo de Gaston Bachelard -, situadas nas novas perspectivas de análise “pós-estruturalismo”, no estruturalismo figurativo.

Durand, buscando atribuir um sentido maior para a vida e para o homem, procura desenvolver, por meio da articulação meta e pluridisciplinar dos vários ramos do saber, um projeto de unidade das ciências do homem e uma epistemologia que toma o imaginário, a razão simbólica, como dinâmica subjacente à cultura e, portanto, instância primordial de todas as produções do homem, as quais têm o mito como forma privilegiada de manifestação discursiva. Seus estudos indicam-nos que em todas as sociedades existem, subjacentes, mitos que orientam e modulam, dirigem o curso da história, da sociedade e da cultura, servindo de estruturas dinâmicas orientadoras às atividades humanas significativas. Portanto, se considerarmos os fundamentos míticos do pensamento, bem como os esquemas simbólicos coletivos que se encontram implícitos nas várias criações do homem, veremos que, efetivamente, o pensamento humano move-se de acordo com estruturas míticas do imaginário. Deste modo, conceitos filosóficos e científicos têm uma origem comum, pois emergem de uma mesma fonte que, desde sempre, tem nutrido todas as formas de pensamentos e devaneios humanos: a imaginação.

Segundo Bachelard (1989), imaginação e vontade são as principais funções psíquicas que se manifestam no homem. Mas, a imaginação propriamente criadora possui funções totalmente diversas da imaginação reprodutora; sendo portadora da função do irreal, é psiquicamente tão importante e útil quanto à função do real. Ultrapassar a realidade indo além do já pensado, aí reside à originalidade, a força e o ilimitado poder da imaginação. Pois, compreendendo-a em seu sentido maior, pleno, é possível perceber que a imaginação

 

... não é, como o sugere a etimologia, a faculdade de formar imagens da realidade, ela é a faculdade de formar imagens que ultrapassam a realidade, que cantam a realidade. É uma faculdade de sobre-humanidade. (op. cit.: 17-8).

 

Ao tomar a imaginação como um jogo criador basilar também atuante na criação científica, Bachelard (1985) pôde evidenciá-la no cerne das idéias e dos conceitos. Face à hegemonia positivista, à unidimensionalidade e às desrazões vivenciadas pela humanidade, ele passou a assinalar o quanto um novo espírito científico e antropológico estava a exigir do mundo ocidental uma nova razão, um outro racionalismo, aberto, setorial, dinâmico, militante, em equilíbrio vital com a capacidade imaginante. Tornou-se ele, a partir da defesa da imaginação criadora, um dos primeiros a perceber, mesmo que, ainda, sob uma poética da matéria de Empédocles, os sinais da interação entre o humano e o cósmico na formação das imagens, entre as pulsões humanas e as intimações do meio ambiente material (Melloni,1998: 74).

Para Bachelard, somente a revitalização da vontade de poder e de criar poderia conduzir o mundo ocidental à necessária crítica de uma racionalidade firmada num modo de compreensão, que alija do conhecimento o espírito humano em sua inteireza. Visando à expansão do horizonte intelectual-científico da civilização ocidental, vislumbrou ele a necessidade do alargamento das vias, das matrizes, do pensar humano e, portanto, de “... reformular o paradigma racional, positivo, preciso, mas estreito demais para concluir o ‘fato bruto’ da natureza e do homem.” (op. cit.: 91). Quem sabe, então, possa o homem ocidental reconduzir a razão a seus limites e, assim, reequilibrar razão e imaginação, conquistando lugar para o exercício de um pensamento inquieto e aberto, que reencante o mundo e a vida, o homem e seus saberes.

Gilbert Durand, um dos pesquisadores a aceitar tal desafio, concebeu e produziu sua obra maior, “As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral”, publicada pela primeira vez em 1960 , com o objetivo de dar continuidade, de uma perspectiva antropológica, às investigações inauguradas por Bachelard. Nessa obra é  por ele tecido, (re)definido, pois  criticamente ampliado e aprofundado, em consonância com uma antropologia profunda, o conceito de imaginário como

 

... o conjunto das imagens e das relações de imagens que constitui o capital pensado do homo sapiens - (...)  o grande denominador  fundamental  onde se vêm encontrar todas as criações do pensamento humano. (Durand, 1997: 18).

 

Nessa pesquisa, além de reelaborar o conceito de imaginário, ele realizou um inventário imagético e uma classificação dos dinamismos intrínsecos ao imaginário, preocupando-se em organizá-los sem a necessidade de utilizar-se de qualquer critério que lhes fossem extrínsecos. Também identificou o que denominou de regimes de imagens (diurno e noturno) e estruturas (heróica, sintética e mística) do imaginário. Para isso, considerou, principalmente, o isoformismo e a homologia existente entre o biológico, o psíquico, o social e o cósmico, como também as interações entres estes na dinâmica de formação das imagens, chamado por ele de

 

... trajeto antropológico, ou seja, a incessante troca que existe ao nível do imaginário entre as pulsões subjetivas e assimiladoras e as intimações objetivas que emanam do meio cósmico e social. (op. cit.: 41).

 

Desse modo, Durand afirmou e aprofundou, em seus estudos, a concepção de um imaginário composto por estruturas dinâmicas globalizantes não-lineares, complexas e constelares, organizadoras do processo de formação e transformação das imagens, dos símbolos, dos mitos, mostrando, ainda, o primado material do figurativo ou do imaginário sobre a infraestrutura - a base econômica. Para pesquisá-lo propôs, no desenvolvimento de suas pesquisas, uma mitodologia  como hermenêutica instauradora, não redutiva, que permite realizar uma leitura em profundidade, pois arquetipal, dos percursos e trajetos de construção de identidades dos Indivíduos e da Cidade (socialidade), isto é, de conquista da individuação e do sentido de cada cultura e sociedade, grupo e indivíduo.

Como podemos observar, estamos hoje para além das teses clássicas sobre o imaginário, que consideravam a imaginação, segundo Durand (op. cit.), como “o modo ‘primitivo’ do conhecimento científico”, “a infância da consciência”, “a louca da casa”, “fomentadora de erros e falsidades”. Como bem ele nos mostrou, devido à constante desconsideração das especificidades de suas dinâmicas próprias, imaginação e imaginário foram, na civilização ocidental, fortemente reduzidos e desvalorizados. Temos, portanto, como pesada herança um intenso processo histórico de desvalorização racionalista do imaginário, de desvalorização ontológica da imagem e de esvaziamento psicológico da função da imaginação, ainda marcando profundamente o pensamento ocidental. Desvalorização reducionista “... que não corresponde, de modo nenhum, ao papel efetivo que a imagem desempenha no campo das motivações psicológicas e culturais” (op. cit.: 24), como manifestação original e essencial de uma função bio-psico-social.

Há, portanto, uma essência que é própria do imaginário e da imaginação, esta faculdade do possível (op. cit.: 22), e é necessário reconsiderá-la e reconhecê-la. No dinamismo da consciência, ou melhor, no continuum dos modos de consciência, há uma consciência imaginante: a imaginação. Libertar essa capacidade imaginante da prisão e do colonialismo em que vive relativamente à razão instrumental, à razão técnica, passa por reavaliar e revalorizar “... as conclusões lógicas da negatividade constitutiva da imagem...” (op. cit.: 24) -  visto que sua função principal é conhecer, e não meramente definir o ser -, bem como  por saber o que as imagens “realmente” representam, reapropriando-nos, assim, da imaginação e do patrimônio imaginário da humanidade na sua integridade.

Como vemos, as imagens e a imaginação já não podem mais ser encaradas como um empecilho para o processo ideativo, pois, pelo contrário, são sua própria pré-condição. Um pensamento que nem sequer fosse acompanhado por imagens seria incapaz de se exercer, já que ele, por mais racional e racionalizado que se encontre, “... não tem outro conteúdo que não seja a ordem das imagens.” (Pradines apud op. cit.: 29). Há nelas um dinamismo organizador intrinsecamente motivado. E, mesmo degradada, a imagem ainda é portadora de um sentido que não pode ser encontrado para além da significação imaginária. Conforme Durand (op. cit.: 29), só se pode estudar a imagem pelo sentido que lhe é próprio, visto que o sentido figurado é o único realmente significativo.

 Ainda, segundo ele, Piaget, em seus trabalhos, já propusera que há uma certa coerência funcional entre o pensamento simbólico e o sentido conceptual, mostrando a unidade solidária de qualquer forma de representação (op. cit.: 30). Do mesmo modo, para Jung, todo pensamento tem suas raízes em arquétipos, em esquemas ou potencialidades funcionais, em imagens gerais, determinando inconscientemente o pensamento (op.cit.: 30). Nesse sentido, fazendo sua uma das intuições de Bachelard, Durand concluiu que,

 

... muito longe de ser faculdade de “formar imagens”, a imaginação é potência dinâmica que “deforma” as cópias pragmáticas fornecidas pela percepção, e esse dinamismo reformador das sensações torna-se o fundamento de toda a vida psíquica “porque as leis da representação são homogêneas”, a representação sendo metafórica a todos os seus níveis, e, uma vez que tudo é metafórico, “ao nível da representação todas as metáforas se equivalem”. (op. cit.: 30).

 

Ele esclarece-nos, ainda, que o que dispõe a estruturação simbólica e os próprios símbolos na raiz de qualquer pensamento são os vínculos afetivo-representativos impregnados nas imagens, de modo que a estrutura fundamental arquetípica terá sempre como base os materiais axiomáticos - as forças - do imaginário, pois:

 

Por detrás das formas estruturadas, que são estruturas extintas ou arrefecidas, transparecem, fundamentalmente, as estruturas que são, como Bachelard ou Jung já o sabiam, arquétipos dinâmicos, “sujeitos” criadores. (op. cit.: 15).

 

Nesta perspectiva, Durand, invertendo o clássico esquema sartriano que procura explicar o empobrecimento do pensamento pela imagem, pôde compreender

 

... a passagem da vida mental da criança ou do primitivo para o “adultocentrismo” como um estreitamento, um recalcamento progressivo do sentido das metáforas. [Percebendo que] É esse “sentido” das metáforas, esse grande semantismo do imaginário, que é a matriz original a partir da qual todo o pensamento racionalizado e o seu cortejo semiológico se desenvolvem. (op. cit.: 31).

 

Em relação à força elementar dos símbolos (Sinn-Bild, em alemão; Sinn: sentido - a variável na singularidade de cada cultura; Bild: forma – o universal e invariável, porque arquetipal no ser humano) e, por conseguinte, do imaginário, Durand mostra-nos que esta força encontra-se em realizar a ligação, para além das contradições naturais, de elementos inconciliáveis, a partir de  uma lógica que não seja explicativa, linear e cartesiana, mas compreensiva e complexa. Desse modo, para o estudo dos arquétipos fundamentais da imaginação humana e das motivações simbólicas, já não faz mais sentido - e nem são mais suficientes – simples (simplificadoras e redutoras) explicações lineares, derivadas de deduções lógicas ou narrativas introspectivas. Temos, sim, que buscar um método compreensivo das motivações imaginárias, encontrar as categorias motivantes dos símbolos nos comportamentos elementares do psiquismo humano, para, então, fazermos a classificação dos grandes símbolos da imaginação em categorias motivantes distintas (op. cit.: 32-8); um método que viabilize a apreensão, compreensão e interpretação dos motivos simbólicos em sua complexidade, de modo que um conjunto simbólico não seja desvalorizado a priori em relação a outro e nem ocorra a desvalorização racionalista do imaginário, da consciência e da capacidade imaginantes.

Para tanto, é necessário, conforme ele orienta, que nos libertemos do imperialismo da idéia, da obsessão do recalcamento herdadas da psicanálise freudiana, “... que reduz sempre o conteúdo imaginário a uma tentativa envergonhada de enganar a censura” (op. cit.: 39), como também já percebera Piaget. Se, de acordo com os psicanalistas, a imaginação é produto dos conflitos entre as pulsões e o seu recalcamento social, para Durand, ao contrário, ela surge, na maioria das vezes, em seu próprio movimento, “... como resultando de um acordo entre os desejos do ambiente social e natural.” (op. cit: 39). Há, portanto, uma produção simbólica que é independente do recalcamento, pois, mais do que ser um produto desse, a imaginação é, pelo contrário, a origem de uma libertação. Como bem apreendeu Bachelard, segundo Durand, as imagens “... não valem pelas raízes libidinosas que escondem mas pelas flores poéticas e míticas que revelam.” (op. cit.: 39).

É nesse sentido que as epistemologias de vanguarda e os projetos de reparadigmatização, ao mostrarem que o imaginário é muito mais do que a epifenomenal “louca da casa” e ao afirmarem-no como o fundamento basilar de toda a produção humana, trouxeram à tona um novo espírito antropológico que põe em relevo, no centro das preocupações fundamentais do mundo ocidental, a frágil grandeza do homo sapiens (op. cit.: 19) e uma outra perspectiva antropológica, em que “’... nada de humano deve ser estranho...’” (op. cit.: 40). Foi, assim, que se constituiu a necessidade de uma Antropologia, no sentido mais amplo e atual do termo, isto é, um conjunto de conhecimentos do homem resultante da associação de diversos métodos e disciplinas, que articulem o conjunto das diversas ciências que estudam a espécie homo sapiens, buscando apreender, compreender e interpretar a inteireza da dinâmica e a complexidade do animal simbólico que é o homem.

Considerando o imaginário como o fundamental denominador, no qual se entrecruzam todas as criações do pensamento humano, uma encruzilhada antropológica dos saberes, Durand contesta as divisões acadêmicas das ciências do homem, pois tal parcelização dos saberes humanos é mutiladora da necessária complexidade compreensiva dos diversos problemas que são postos pelo comportamento singular do homo sapiens, mas, também, homo symbolicus. Alerta-nos, portanto, que as questões relativas à significação e, conseqüentemente, ao símbolo e ao imaginário, não podem ser devidamente consideradas unicamente por uma das ciências humanas, mas, sim, numa perspectiva inter e transdisciplinar, pois é o imaginário “... esta encruzilhada antropológica que permite esclarecer um aspecto de uma determinada ciência humana por um outro aspecto de uma outra.” (op. cit.: 18).

Ainda, a partir da afirmação do trajeto antropológico e, correlativamente, do reconhecimento de que há uma “... gênese recíproca que oscila do gesto pulsional ao meio material e social e vice-versa.” (op. cit.: 41),  ele assinala que, como bem demonstrou Piaget, é nesse intervalo de percurso reversível que se localiza a investigação antropológica. Porque, afinal,

 

... o imaginário não é mais que esse trajeto no qual a representação do objeto se deixa assimilar e modelar pelos imperativos pulsionais do sujeito, e no qual, reciprocamente (...) as representações subjetivas se explicam “pelas acomodações anteriores do sujeito” ao meio objetivo. (op. cit.: 41).

 

Assim, símbolo e imaginário são sempre produtos de imperativos biopsíquicos conjugados com as intimações do meio. A esse percurso, Durand denomina, como visto anteriormente, trajeto antropológico, no qual é característica tanto do produto como do próprio trajeto a reversibilidade dos termos. Segundo ele, estas idéias estavam também, de algum modo, implícitas no pensamento de Bachelard, para quem

 

... os eixos das intenções fundamentais da imaginação são os trajetos dos gestos principais do animal humano em direção ao seu meio natural, prolongado diretamente pelas instituições primitivas tanto tecnológicas como sociais do homo faber. (op. cit.: 41).

 

Em relação aos símbolos, que constituem os trajetos antropológicos, Durand esclarece-nos que estes, por serem isomorfos e homólogos, acabam por convergir em grandes eixos, em constelações de imagens, com semelhanças pontuais nos diversos domínios do pensamento (ciência, arte, religião, técnica). De acordo com o autor, é o caráter de semanticidade basilar dos símbolos que faz com que estes convirjam e se constelem, pois correspondem a desenvolvimentos de um mesmo tema arquetipal, a variações de um mesmo arquétipo. Configuram-se, assim, grandes constelações, em que as imagens convergem, grandes conjuntos simbólicos denominados por ele estruturas do imaginário, “... em torno de núcleos organizadores que a arquetipologia antropológica deve esforçar-se por distinguir através de todas as manifestações humanas da imaginação.” (op. cit.: 43-4).

Percebe, como o etnólogo Levi-Strauss, que

 

... a psicologia da criança pequena constitui “o fundo universal infinitamente mais rico que aquele de que cada sociedade particular dispõe”. [E, portanto,] Cada criança “traz, ao nascer, e sob forma de estruturas mentais esboçadas, a integralidade dos meios de que a humanidade dispõe desde toda a eternidade para definir as suas relações com o mundo...” (op. cit.: 46).

 

Durand conclui ser aí, no domínio psicológico - partindo do psíquico para o cultural -, que podemos encontrar os grandes eixos que indicam a constância e direção dos arquétipos, essas realidades dinâmicas em movimento que possibilitam a convergência e a integração das diversas metáforas axiomáticas de base, as imagens motrizes, as grandes categorias vitais da representação (op. cit.: 46-7).

Para estabelecer o princípio fundamental de classificação das constelações de imagens e estruturas do imaginário, Durand utiliza-se das noções de gestos dominantes, dominantes reflexas ou, ainda, de reflexos primordiais, oriundas da reflexologia do recém-nascido. A reflexologia, ao levar em consideração os mais arcaicos conjuntos sensório-motores, constitutivos dos sistemas de “acomodações” mais elementares e originários, e a ontogênese da espécie humana, acaba por fornecer-nos algumas pistas sobre como as dominantes reflexas atuam e intervêm na constituição do simbolismo, podendo auxiliar-nos na compreensão do “polimorfismo” infantil, tanto pulsional como social. Estas dominantes agem sempre com um certo imperialismo, podendo já ser considerada como um princípio de organização, como uma estrutura sensório-motora (op. cit.: 50-1).

Assim, evidencia-se cada vez mais, pela psicologia contemporânea, a profunda vinculação entre as representações simbólicas, os centros nervosos e os gestos do corpo; e, portanto, uma estreita vinculação entre a motricidade primária, o inconsciente e a representação. Ou seja,

 

... esta ligação genética de fenômenos sensórios motores elementares encontra-se ao nível de grandes símbolos (...). (...) [O que evidencia] o caráter normativo para o conteúdo global da psique das grandes propriedades biológicas primordiais, tais como a nutrição, a geração e a motilidade... (op. cit.: 50).

 

Durand propõe três dominantes reflexas - postural, digestiva e copulativa - que, configurando grandes matrizes sensório-motoras integradoras naturais das representações, dirigem e orientam a dinâmica da representação simbólica; e é neste nível que os grandes símbolos vão se formar (op. cit.: 51). Tal dinâmica está centrada na busca de equilíbrio entre as aspirações biopsicológicas e as intimações sociais; são essas as forças constituintes das dominantes reflexas, que se encontram na raiz da organização das representações. Portanto, “... ‘o corpo inteiro colabora na constituição da imagem’” (Piéron apud op. cit.: 50), no sentido de que determinados esquemas perceptivos enquadram-se e se assimilam aos esquemas motores primitivos.

Como vemos, os reflexos humanos possuem uma capacidade enorme e bastante variada de sofrer condicionamentos culturais; é o ambiente humano o primeiro condicionador das dominantes reflexas sensório-motoras. Nele, os reflexos dominantes materializam-se culturalmente, de forma que a cultura sobredetermina o projeto natural fornecido pelos reflexos primordiais, por uma certa finalidade, ocorrendo, então, a sutura entre natureza e cultura. Porém, nessa dinâmica que motiva a imagem e dá vigor ao símbolo, é necessário que  haja um mínimo de adequação e equilíbrio entre a dominante reflexa e o ambiente cultural, pois, conforme Durand, é no acordo, no equilíbrio,  entre as pulsões reflexas do sujeito e o meio em que vive que se enraízam, de modo bastante imperativo, as grandes imagens na representação, e não, como se pensava, na censura ou recalcamento (op. cit.: 52). Temos, pois, que buscar equilibrar os objetos simbólicos pela obscura motivação dos movimentos dominantes primordiais, considerando, particularmente, que os objetos simbólicos nunca são puros,

 

... mas constituem tecidos onde várias dominantes podem imbricar-se (...). Mais: verificamos que o objeto simbólico está muitas vezes sujeito a inversões do sentido, ou, pelo menos, a redobramentos que conduzem a processos de dupla negação... (op. cit.: 54).

 

É nessa complexidade de base do objeto simbólico que Durand justifica o seu método, isto é, por que, a partir dos grandes gestos reflexológicos, desenlear os tecidos e os nós constituídos pelas fixações e projeções sobre os objetos do ambiente perceptivo (op. cit.: 54).

É importante ressaltar, também, que, de acordo com Durand, a isoformia entre os esquemas, os arquétipos e os símbolos presentes no âmago de sistemas míticos ou constelações estáticas permite-nos confirmar a existência de certos protocolos normativos das representações imaginárias, claramente definidos e  com relativa estabilidade, que se agrupam em torno dos esquemas originais a que denomina estruturas, as quais, por sua vez, agrupadas quanto à sua proximidade, definem o que ele chama de Regime do imaginário (op. cit.: 63-4).

Foram as evidenciáveis convergências entre uma determinada organização social, a tecnologia aí utilizada e a reflexologia que possibilitaram a Durand a proposição de dois grandes regimes de imagens ou simbólicos, não agrupados rígida e estaticamente: o Regime Diurno e o Regime Noturno (op.cit.: 57-8). Ao conjunto simbólico originário da reflexiva dominante postural que remete à elevação tanto do corpo como do olhar, com suas implicações manuais e visuais, inspirando imagens de luz, de luta, de altivez, ele chamou de Regime Diurno. Percebendo a vinculação profunda entre as dominantes digestiva e sexual, e que ambas compõem um único conjunto simbólico formado por imagens que inspiram as trevas, o descanso, a queda, Durand denominou-o Regime Noturno.

Essas duas grandes matrizes simbólicas, constelações de imagens ou regimes simbólicos, organizados por Durand, buscam dar conta das diferentes motivações antropológicas, levando em conta as convergências dos múltiplos semantismos contidos nas imagens, a partir da contraposição e da comparação de isoformismos e polaridades dos regimes e de suas respectivas estruturas. Compondo internamente os regimes de imagens, encontramos a dinâmica das estruturas antropológicas, expressando, principalmente, situações actanciais dominantes (esquemas da ação), que encarnam e polarizam as atitudes imaginativas básicas, pelas quais o ser humano enfrenta a angústia provocada pelo fluir do tempo e o aproximar da morte, a saber: no Regime Diurno, estrutura esquizomorfa ou heróica (separar); no Regime Noturno, estrutura sintética (ligar) e estrutura mística (confundir).

Constelados em dois pólos antagonistas, em torno dos quais gravitam os mitos, os devaneios, os poemas, as imagens e os símbolos, os dois grandes regimes de imagens são comparados por Durand, nas suas polaridades, quanto à presença das ‘‘estruturas’’, dos ‘‘princípios de explicação e de justificação ou lógicos’’, dos ‘‘reflexos dominantes’’, dos ‘‘esquemas ‘verbais’’’, dos ‘‘arquétipos ‘atributos’’’, da “situações das ‘categorias’” e “dos símbolos aos sistemas” (nos quais são utilizadas as diversas categorias dos jogos do Tarot), dos ‘’arquétipos ‘substantivos’’’. Durand faz uma classificação isotópica das imagens e organiza com todo esses elementos uma tabela de dupla entrada (op. cit.: 443), que apresenta uma enorme abertura e amplitude, mostrando nitidamente a possibilidade da Antropologia do Imaginário de concretizar a aproximação, a convergência, entre as várias ciências do homem.

Também, procurando nos orientar mais detalhadamente sobre as singularidades e particularidades da dinâmica intrínseca ao Imaginário, Durand especifica a idéia de esquema - schème - como a generalização dinâmica e afetiva da imagem, que forma o esqueleto dinâmico, o esboço funcional da imaginação, a consubstanciar-se nos diversos trajetos encarnados em representações concretas e precisas, presentificadoras dos gestos e das pulsões inconscientes (op. cit.: 60), realizando a junção dos gestos inconscientes da sensório-motricidade, das dominantes reflexas e das representações. Conforme assinala ele, os gestos reflexos, quando diferenciados em esquemas no contato com o ambiente natural e social, determinam grandes arquétipos, mais ou menos como os definidos por Jung, que constituem a substantificações dos esquemas: as “imagens primordiais”, de caráter coletivo e inato, que se constituem em substantivos simbólicos, estágios preliminares e zonas matriciais das idéias. Daí afirmar que, muito aquém de ser anterior à imagem, a idéia é apenas um comprometimento pragmático do arquétipo imaginário em um dado contexto histórico e epistemológico (op. cit.: 61). Pois, o valor elementar e basal dos arquétipos reside, precisamente, em se constituírem no ponto de junção entre o imaginário e o processos racionais. Segundo Durand, apoiando-se ainda em Jung,  as imagens nas quais se assentam as teorias científicas estão nos mesmos limites  daquelas que  inspiram  os contos e as lendas (op.cit.: 61). Nesse sentido, segundo ele, o que é dado ante rem na idéia

 

... seria o seu molde afetivo-representativo, o seu motivo arquetipal, e é isso que explica igualmente que os racionalismos e os esforços pragmáticos das ciências nunca se libertem completamente do halo imaginário, e que todo racionalismo, todo o sistema de razões traga nele seus fantasmas próprios. (op. cit.: 61).

 

Alerta-nos, ainda, que a organização dinâmica do mito frequentemente corresponde à organização estática que denomina constelação de imagens. E assinala, também, que é no prolongamento constelar e dinâmico dos esquemas, arquétipos e símbolos que nos encontramos com o mito, o qual, na sua acepção, toma o sentido amplo de

 

... um sistema dinâmico de símbolos, arquétipos e esquemas, sistema dinâmico que, sob o impulso de um esquema, tende a compor-se em narrativa. O mito é já um esboço de racionalização, dado que utiliza o fio do discurso, no qual os símbolos se resolvem em palavras e os arquétipos em idéias. O mito explicita um esquema ou um grupo de esquemas. Do mesmo modo que o arquétipo promovia a idéia e que o símbolo engendrava o nome, podemos dizer que o mito promove a doutrina religiosa, o sistema filosófico ou (...) a narrativa histórica e lendária. (op. cit.: 62-3).

 

Para verificar e mostrar como isso ocorre, Durand investigou amplamente a dinâmica do mito em sua circulação pela sociedade, desenvolvendo e aprimorando sua proposta metodológica – mitodológica - para o estudo do imaginário. Elaborou, então, a concepção de Tópica Social, levando em conta as interações circularizantes, continuamente recursivas, entre mito, sociedade e racionalização, a qual representou diagramaticamente (Durand,1983: 8), colocando-os em movimento nas conhecidas tópicas freudianas e ampliada em consonância com Jung para criar uma metáfora que  melhor expressasse o funcionamento da psique coletiva. A esse diagrama ele chamou de Tópico Diagramático do Social, tomando o cuidado de destacar que “... o englobante [dos diferentes níveis da tópica], a base fundamental, é a circulação do mito que define e descreve um conjunto social...” (op. cit.: 7).

A partir do movimento circular globalizante do mito pela sociedade, ele assinala como, nessa dinâmica, o imaginário sobredetermina e circunscreve o momento sócio-cultural de um dado conjunto social, sendo, portanto, a matriz de toda sua produção cultural, inclusive dos sistemas filosóficos, lógicos e conceituais. Mostra, também, que existe um conflito entre os mitos latentes que habitam o inconsciente de uma sociedade e os mitos em vias de desmistificação racional, a tornarem-se manifestações patentes, de modo que “... no fundo, uma sociedade vive sobre dois mitos: um mito ascendente e que se esgota e, ao contrário, uma corrente mitológica que vai beber às profundezas do isso , do inconsciente social.” (op. cit.: 21).

Através da tópica social, Durand analisa o processo de racionalização, acompanhando a circulação do mito pela sociedade em três níveis, distinguindo as superfícies conscientes do social (patente) e as suas profundezas míticas (latente), a saber:

. o “isso” - o id - psicóide, nível fundador, caracterizado por uma forte implicação mítica, um máximo de não racionalidade e um máximo de "discurso dilemático" ; é o nível de fundação basal da sociabilidade/sociedade e aí se situam em camadas, primeiro, o inconsciente coletivo específico, com o qual se relacionam os arquétipos e as imagens primordiais, e, acima, o inconsciente coletivo cultural, com o qual se relacionam os mitos;

. o “ego” societal, nível actancial, caracterizado pela atuação dos “esquemas de ações sociais”; nele se conforma a diferenciação, a discriminação das representações conscientes de funções e papéis sociais dos

diversos atores do jogo social, polarizados em torno de funções positivas (de recuperação e de desmistificação), confortadas pela ideologia do poder, e de funções negativas (de dissidências e de desmitificação), socialmente marginalizadas pela ordem vigente;

. o “superego” institucional, nível racional, caracterizado por uma  máxima racionalização e um mínimo de espessura e  pregnância mítica; nele se conformam as conceituações, sistematizações e classificações, aí se situando os discursos  racionais e unívocos ( op. cit.: 7-12).

O movimento circular englobante, partindo da base da tópica para o cimo, vai da progressiva racionalização do mito até o máximo de racionalização; a partir dessa, continuando a circulação para a base, ocorre a progressiva desqualificação das conceitualizações. Assim, o discurso racional, em sua univocidade e espessura, situa-se no nível do superego, sendo que, no nível  patente, temos a dimensão ideológica, de pregnância mítica diminuída e, no latente, a dimensão mítica, sempre ancorada em profundidade no imaginário (Teixeira,1998: 104-5).

A um conjunto formado pela presença histórico-social de um mito em um certo tempo e espaço cultural, em um “momento sócio-cultural” discernido, definido e descrito de acordo com a tópica social, em que há uma notável homologia entre as diversas representações que se manifestam no imaginário sócio-cultural de uma época, Durand (s/d: 162-9) chama-o, a partir de uma metáfora dos movimentos de um rio, de bacia semântica. Essa seria uma grande constelação de imaginário que instaura e faz ressoar pela sociedade uma nova sensibilidade e uma outra visão de mundo, como um segmento semântico-estilístico de longa duração, uma paisagem cultural definida por uma longa duração mítica, discernidos por regimes imaginários específicos e mitos privilegiados, diretores. Considerando-se a bacia semântica como uma estrutura dinâmica, cobrindo da gênese ao eclipse do mito, sua duração é de aproximadamente 150-170 anos, aproximadamente 4 gerações de 30 anos  mais  uma certa margem de variação - entre 30 a 50 anos - (op. cit.: 257).

Tratando-se da dinâmica do imaginário global de uma sociedade num determinado período de tempo, não sendo, assim, uma estrutura fechada, rígida ou “instantânea” e fixa, a bacia semântica está escalonada em 6 fases, cronologicamente irregulares, englobadas pela tópica social e, portanto, não segmentadas e isoladas em seis setores:

 

... escoamento, separação das águas (e é nesta fase que se esboçam as exclusões e, por isso, as marginalizações), confluências (isto é, reforço da corrente dominante), nome do rio (a escolha de uma personalidade que se mitifica e tipifica nomeadamente toda a bacia semântica) ordenamento das margens (isto é, institucionalização intelectual, filosófica e jurídica) e, finalmente, o abrandamento, onde despontam escoamentos novos [chamados] meandros e deltas. (op. cit.: 181-2).

... [a] primeira e [a] última fases podem praticamente sobrepor-se a uma bacia semântica futura. É nesta “sobreposição” que se verifica a tensão “tópica” (entre o mito manifesto [patente] e mito latente ou reprimido ... (op. cit.: 257).

 

(...)                                     

                                             PARADIGMA

                      IMAGINÁRIO                         IDEÁRIO

AXIALIDADE              DISCURSIVIDADE            NARRATIVIDADE    

IDEOLOGIA(S)

IDEIAS-FORÇA(S)

IDEOLOGEMA(S)

MATRIZ

REFERENCIAIS DE BASE

 

NÚCLEOS DOS REFERENCIAIS DE BASE

-FILOSÓFICO (AXIOLÓGICO E EPISTEMOLÓGICO):

.VISÃO DE MUNDO

 .VISÃO DE HOMEM

.VISÃO DE SOCIEDADE

 .VISÃO DE CULTURA E EDUCAÇÃO

 

A ANTROPOLÍTICA [do Humanismo Clássico à Antropolítica]

 

- PRINCÍPIOS GERAIS E PEDAGÓGICOS

 

.antropolítica - ética

.cidadania

.comprometimento

.cooperação - colaborativismo

.criatividade

.dialogicidade

.engajamento

.filantropia – humanismo crítico

.interdisciplaridade

.pluralidade

.relatividade

.responsabilidade

.solidariedade

.transversalidade

.liberdade acadêmica

 

(...)

O filósofo e a filosofia, etimológica e filologicamente, de philos sophia[36],....:

 

FILOSOFIA

 

EXISTENCIALISMO                                  ESTÉTICA[37]                                           HUMANISMO                                   

                                    

                                  ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA E SIMBÓLICA

 

TEORIA GERAL DO IMAGINÁRIO       TEORIA DA COMPLEXIDADE                                      

   (Gilbert Durand)                                                                  (Edgar Morin)

                                                        

        AXIOLOGIA                           EPISTEMOLOGIA                              PRAXEOLOGIA          

 

              ÉTICA, SABERES & AÇÕES, CONHECIMENTOS & PRODUÇÕES [ver anexo III]

 

SERES HUMANOS, GENSTE

 

4.A ATRIBUIÇÃO DE SENTIDOS E SIGNIFICADOS, AS BUSCAS E ESCOLHAS

 

A-Gestação e Gestão (sob a égide de Deméter)

(...)

B-Estudos, Pesquisas e Ações (sob a égide de Atena)

(...)

C-“Novas Traquinagens de Eros” (sob a égide de Eros)

(...)

D-DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS, COMPROMISSOS E GARANTIAS DEMOCRÁTICAS

.antropolítica - ética

.cidadania

.comprometimento

.cooperação - colaborativismo

.criatividade

.dialogicidade

.engajamento

.filantropia - humanismo

.interdisciplaridade

.pluralidade

.relatividade

.responsabilidade

.solidariedade

.transversalidade

.liberdade acadêmica

 

II.PROJETO PEDAGÓGICO

-Geral

-Específicos

.Obs.:

< >Projetos pedagógicos específicos do (s) programas, projetos e ações (s) para os primeiros anos de vigência deste PDI.[38]: Para cursos livres, conforme a legislação, não existe qualquer exigência de formação anterior específica, independe de escolaridade, podendo ser realizado por qualquer pessoa, e também não tem carga horária mínima ou fixa definida, sendo essa definição por conta do profissional ou instituição que oferta o conteúdo. Ainda assim, os cursos livres são válidos e relevantes, bem como reconhecidos pelo mercado de trabalho e por organizações diversas.A legislação que aprovam e regularizam os cursos livres, deixando claro que esse tipo de treinamento pode ser feito, são legais e  podem ser certificados sem necessidade de reconhecimento pelo MEC,  a saber:

 

.a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/1996;

.o Art. 7º da Lei nº 9.394/96. Esse artigo deixa claro que o ensino é livre à iniciativa privada. É preciso, no entanto, que ele esteja de acordo com algumas normas como que tenha autorização do poder público, que haja capacidade de autofinanciamento e que cumpra as normas gerais da educação nacional;

.o Art. 3º do revogado Decreto nº2.208/97. Esse diz que a educação profissional também compreende o nível básico que é destinado a qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhos, independente de escolaridade. E assim assemelha-se com os cursos livres, como esclarecido abaixo,

.no Art. 4º , o qual explicita que a educação profissional, que também compreende o nível básico destinado a qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhos. é uma espécie de modalidade não-formal que tem como objetivo ajudar o profissional a se requalificar no mercado de trabalho, exercendo funções de uma melhor maneira;

.o Decreto n. 5154/04;

.a Deliberação CEE 14/97(Indicação CEE 14/97,...).

-palestras

-oficinas

-etc.

(...)

-Produções culturais:

.livros, dvd’s, revistas etc. -editoração; -curadoria -editoração cultural -etc.

 

III.PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO

(...)

-Metodologia de administração para fundação e cooperativa (em junção) ....

 

IV.PERFIL DO CORPO DE MEMBROS E PROFISSIONAIS

< >Composição (titulação, regime de trabalho, experiências profissionais acadêmicas e não acadêmica);Plano de Carreira;Critérios de seleção e contratação;Procedimentos para substituição (definitiva e eventual, reposição e ampliação) dos profissionais da instituição;Cronograma e plano de expansão do corpo de profissionais, com titulação e regime de trabalho, detalhando perfil do quadro existente e pretendido para o período de vigência do PDI.(...)Estrutura Organizacional, Instâncias de Decisão e Organograma Institucional e Acadêmico.Órgãos Colegiados: competências e composição.Órgãos de apoio às atividades.Demonstração da sustentabilidade financeira, incluindo os programas de expansão previstos no PDI:Estratégia de gestão econômico-financeira;Renumeração de produção e trabalho [ver tb. abaixo]Planos de investimentos;Previsão orçamentária e cronograma de execução (5 anos).[39]”( livros, publicações, oficinas, mini-cursos, dvds, álbuns, camisetas com silverscrenn, entre outras produções culturais, etc.) de qualidade, com apoio e patrocínio institucional e profissional. [Por exemplo, eu produzirei um livro de poesias e ou um album de ensaio fotográfico, a ser custeado em sua produção pelos recursos financeiros da Fundação Cooperativa e comercializado solidariamente por nós, patrocinadores, apoiadores etc.. Toda e qualquer produção cultural deverá ser registrada oficialmente, por conta dos direitos autorais, ISB...,,, patentes de ideias, patentes em geral, taxas e impostos legais, entre outros; sua venda reverterá parte para o autor, parte para custeio e parte para fundação – a ver como seria no sistema de cooperativa solidária. E você o que produziria¿ Você conhece alguém que tem uma produção cultural para ser editada, produzida, comercializada (por exemplo conheço um artesão escultor em situação de rua que valeria a pena apoiar....”. 2-contribuição mensal, ainda que de valor meramente simbólica e contribuições eventuais (por ação, por projeto, por produto cultural etc.)

 

 

(...)

 

3-patrocínio...

4-financiamento público, empresarial e particular...

5-prêmios-premiações...

6-doações...

7-comercialização solidária de produtos e serviços: assessorias, cursos, materiais pedagógicos produções culturais etc....

8-política renumeratória...

.Tabela Salarial 2021 – Tabela de Cargos e Salários de Todas as Profissões

Encontre o salário das profissões, média salarial, piso salarial, teto salarial, salário por hora e muito mais num conteúdo salarial completo e atualizado. São 2584 profissões e 9940 cargos e ocupações listados com o piso salarial 2021 e o salário base pago em carteira oficialmente pelas empresas e informado a Secretaria Especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia (antigo MTE – Ministério do Trabalho) através do sistema Novo CAGED, eSocial e Empregador Web. A atualização dos salários da tabela é mensal. [40]

(...)

 

VI.INFRA-ESTRUTURA FÍSICA, VIRTUAL[41] E INSTALAÇÕES

< >Infra-estrutura física (Sede - detalhar salas de aula, biblioteca, laboratórios, instalações administrativas, sala de docentes, coordenações, área de lazer e outros);Biblioteca: Quantificar acervo por área de conhecimento (livros e periódicos, assinatura de revistas e jornais, obras clássicas, dicionários, enciclopédias, vídeos, DVD, CD Rom’s e assinaturas eletrônicas);Espaço físico para estudos;Horário de funcionamento;Pessoal técnico-administrativo;Serviços oferecidos;Formas de atualização e cronograma de expansão do acervo.Laboratórios:Instalações e equipamentos existentes e a serem adquiridos, indicando sua correlação pedagógica com os cursos e programas previstos;Recursos de informática disponíveis;Relação equipamento/aluno;Descrição de inovações tecnológicas significativas.Recursos tecnológicos e de áudio visual.Plano de promoção de acessibilidade e de atendimento diferenciado a portadores de necessidades especiaisCronograma de expansão da infra-estrutura para o período de vigência do PDI..CHAUÍ, Marilena (1980). Ideologia e educação. Revista Educação & Sociedade – Revista Quadrimestral de Ciências da Educação, São Paulo: Cortez/Autores Associados/CEDES 05(II): 24-40, jan.

 

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         Primeiros Passos # 156) 

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.ANEXOS

Anexo I – Proposta para novo logotipo: símbolos de Deméter, Atena, Eros & Oxumaré, num círculo - arco-íris e ou ouroboros preenchido com trigo, uva, gente e livros-lápis – a esboçar, em anexo I...

Anexo II -[a partir das pesquisas, a serem sintetizadas e adaptadas, do universo mitológico remissivo, simbólico e arquetipal envolto:]

.Eros

Na mitologia grega Eros (?ρως, em grego), um dos Erotes, é o deus do amor e do erotismo, ou seja, da atração espiritual e carnal (ver também, repulsão), sexual e ou afetiva. Inicialmente foi considerado como um deus do Olimpo, filho de Afrodite com Ares, ou apenas de Afrodite, conforme as diferentes versões desse mito. Outra versão, a de Platão, no Banquete, descreve assim o nascimento de Eros:

“Quando nasceu Afrodite, os deuses banquetearam, e entre eles estava Poros (o Expoente, o Expediente), filho de Métis. Depois de terem comido, chegou Pínia (a Pobreza, a Penúria) para mendigar, porque tinha sido um grande banquete, e ela estava perto da porta. Aconteceu que Poros, embriagado de néctar, dado que ainda não havia vinho, entrou nos jardins de Saturno e, pesado como estava, adormeceu. Pínia, então, pela carência em que se encontrava de tudo o que tem Poros, e cogitando ter um filho de Poros, teve relações sexuais com ele e concebeu Eros. Por isso, Eros tornou-se seguidor e ministro de Afrodite, porque foi gerado durante as suas festas natalícias; e também era por natureza amante da beleza, porque Afrodite também era bela.

Pois que Eros é filho de Penúria e Expediente, eis qual é a sua condição. É sempre pobre não é de maneira alguma delicado e belo como geralmente se crê; mas sujo, hirsuto, descalço, sem teto. Deita-se sempre por terra e não possui nada para cobrir-se, descansa dormindo ao ar livre sob as estrelas, nos caminhos e junto às portas. Enfim, mostra claramente a natureza da sua mãe, andando sempre acompanhado da pobreza. Ao invés, da parte do pai, Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante.

Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna. Mas tudo o que consegue pouco a pouco sempre lhe foge das mãos. Em suma, 'Eros nunca é totalmente pobre nem totalmente rico'.

Hesíodo, em sua Teogonia, considera-o filho de Caos, portanto um deus primordial. Além de o descrever como sendo muito belo e irresistível, ao ponto dele ignorar o bom senso. Hesíodo atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos. (...)  Em uma parte do mito, Afrodite faz um desabafo a Métis (ou Têmis), queixando-se que seu filho continuava sempre criança. Métis lhe explica que Eros era muito solitário e, por isso, mimado. Haveria de crescer se tivesse um irmão, Anteros que nasceu pouco depois; e assim Eros começou a crescer e tornar-se ainda mais belo e robusto.

Eros casou-se com Psiquê, com a condição de que ela nunca pudesse ver o seu rosto, pois isso significaria perdê-lo. Mas Psiquê, induzida por suas invejosas irmãs, observa o rosto de Eros à noite sob a luz de uma vela. Encantada com tamanha beleza do deus, se distrai e deixa cair uma gota de cera sobre o peito de seu marido, que acorda. Irritado com a traição de Psiquê, Eros a abandona. Esta, ficando perturbada, passa a vagar pelo mundo até se entregar à morte. Eros, que também sofria pela separação, implora para que Zeus tenha compaixão deles. Zeus o atende e Eros resgata sua esposa e passam a viver no Olimpo, isso após ela tomar um pouco de ambrosia tornando-a imortal. Com Psiquê, teve Hedonê, o prazer. (...) Eros é sempre representado, retratado, como um garotinho alado, de cabelos louros, com aparência de inocente e travesso que jamais cresceu (simbolizando a eterna juventude do amor profundo). Portando, sempre com um arco e flecha, e até mesmo com uma tocha acesa. Sempre pronto a atingir, de forma certeira, suas flechas "envenenadas" com amor e paixão. Os alvos sempre sendo a região do coração e do fígado. Ele é, normalmente, retratado em pinturas acompanhado da mãe.

 

Consorte: Psiquê

Pais: Afrodite com Ares ou Caos (segundo Hesíodo), Penúria e Expediente (segundo Platão)

Irmão(s): Gaia, Tártaro

Filho(s): Hedonê

Romano equivalente: Cupido[42]

 

.Eros e Psique

 

Desde a Antiguidade Eros é reconhecido como “um dos grandes princípios do universo” (o ordenador do Kosmos) sendo até mesmo considerado como “o mais antigo dos deuses”. Ele representa “a força poderosa que faz com que todos os seres sejam atraídos uns pelos outros [[43]], e pela qual nascem e se perpetuam todas as raças [[44]]” (René, 1991:1, v. III).

Como filho de Vênus e de Marte[45], em algumas tradições míticas, e, portanto filho da beleza / harmonia e do conflito / desarmonia, Eros “era frequentemente considerado um [deus] civilizador que soube mitigar a rudeza dos costumes primitivos”. Animais ferozes, símbolos dos instintos, são “submetidos ao irresistível poder do filho de Vênus” (op. cit.: 2). Eros representa, assim, a força que sublima os instintos mais selvagens voltando-as para a produção do mundo da cultura, o que remete seu ciclo mítico também ao processo civilizatório. Menino e adolescente malicioso[46], malandro e cruel, que ainda não atingiu a idade da razão e grandes males ira causar com o sofrimento que provoca naqueles que forem atingidos pelas suas setas[47]. Espanto dos homens e dos deuses, vencendo-os em várias contendas, monta em leões, os quais enfeitiça com seus acordes e outras vezes atrela animais ferozes ao seu carro, após domestica-los, ou ainda,  transgride[48] as ordens divinas (“quebrando os atributos dos deuses”), porque o universo inteiro lhe está submetido, incluindo os deuses[49]. “Não obstante o seu poder, jamais ousou atacar Minerva (Atena, Diana) e sempre respeitou as Musas” [50]. (op. cit.:2-14).

Segundo uma certa tradição mítica, a educação de Eros foi dada principalmente por Vênus. A deusa, observando que ele não crescia, permanecendo sempre menino, perguntou a Temis qual o motivo.”A resposta foi que o menino cresceria quando tivesse um companheiro que o amasse. Vênus deu-lhe, então, por amigo Anteros (o amor partilhado). Quando estão juntos, Eros cresce, mas volta a ser menino quando Anteros o deixa.” (op. cit.: 2)

Seus principais atributos sempre são as asas, o arco e as setas; possui também atributos dionisíacos (op. cit.: 5) , pelo seu amor ao vinho. Ele “fere muitas vezes sem ver, e da origem a sentimentos que nem o mérito, nem a beleza explicam o suficientemente, produzindo naqueles aos quais fere efeitos surpreendentes que se traduzem sempre por metamorfoses (op. cit.: 7-14)  [as metamorfoses operadas por Eros]. Às vezes sua “crueldade aparece sob luz mais brutal” nas “dores que ele causa, as tortura que inflige a alma” (op. cit.: 35).  

Psique, símbolo da alma, de beleza e perfeição tão raras, maravilhosas (op. cit.: 19), indizíveis que não havia termos que a exprimissem [pois, excessiva?], que encontra [atrai] por toda parte adoradores [mas não esposo, parceiro, que jamais poderá ser um mortal]. E, por isso, foi exposta a um cerimonial, um himeneu de morte[51], da qual escapara ao ser raptada a mando de Eros que, posteriormente, a desposara[52]. Após suas venturas e desventuras[53], desposada por Eros, foi admitida no seio dos imortais e tornou-se inseparável de Eros. Os tormentos do amor, os sofrimentos da alma, as dores e as alegrias das (des)(a)venturas, são representados por Psique em suas relações com Eros (op. cit.: 20-31) .

Não por acaso “psique” em grego significa alma e borboleta [observar vínculos com metamorfoses]. A borboleta para os antigos era considerada como a forma visível da alma humana, símbolo da alma humana, e e por isso que as asas de borboletas constituem o atributo de Psique.

A alma humana, “que são atraídas para a vida pela volúpia [54] [explorar sentidos/ significados do termo]... e sofrem a tentação de beber na taça da vida, taça de Dionísio [observar vínculos dos ciclos míticos] e, mal tocam com os lábios o licor sagrado [inebriante], se encarnam num corpo, realizando a união das almas com os corpos mortais, um entre os diversos motivos que impelem as almas para as esferas inferiores, cedendo voluntariamente a sua inclinação pela Terra”. “(Tal inclinação) provem de haverem elas contemplado o espelho, o mesmo espelho em que se vira Dionísio [ pesquisar - ver vínculos com ciclo míticos de Narciso e Dionísio], antes de criar as existências individuais[55]. Mal vem a própria imagem [ pesquisar - ver vínculos com ciclo míticos de Narciso], um desejo violento se apodera de todas elas, e o que almejam e descer e viver individualmente. As almas, na sua sede de existência individual abandonam a morada celeste e partem em busca de novos destinos ... (René, 1991: 34-38, v. III, pois fundamental)

Psique e Tanatos

[pesquisa mitológica detalhada, a ser reescrita e sintetizada:]

 

Eros e Tanatos

[pesquisa etimológica detalhada, a ser reescrita e sintetizada:]

 

.Deméter - Ceres

 

Deméter (em grego: Δημ?τηρ, transl.: Deméter) ou Demetra (em grego: Δ?μητρα, transl.: Démetra), na mitologia grega é a deusa dos campos dourados, que trabalhava incessantemente junto aos homens, ensinando-lhes o plantio e a colheita de trigo [o cultivo, o cutivar, ver], é a deusa da agricultura, da colheita, dos grãos, da terra cultivada, da natureza e das estações do ano, [do ciclo e do cíclico, principalmente morte-renascimento-vida e, portanto, fertilidade]; é a propiciadora do trigo, a planta símbolo da civilização. Ela é uma olímpica, filha de Cronos e Reia, conforme Hesíodo, em Teogonia (Filhos de Cronos, 453). Na qualidade de deusa da agricultura fez várias e longas viagens com Dionisío, ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cereália, sendo celebrado na primavera. Está vinculada aos Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à deusa; na Grécia, interpretam seu mito como um símbolo contínuo de morte e ressurreição; ela, a Deusa, pode ser representada: sentada, com tochas ou com uma serpente. Seus atributos são a espiga e o narciso, seu pássaro é a grou.; ou tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.

 

Morada: Monte Olimpo

Arma(s): Foice

Símbolos: trigo, maçã, foice e grãos

Pais: Cronos e Reia

Irmão(s):Zeus, Poseídon, Hades, Hera e Héstia

Filho(s):Perséfone, Despina, Árion, Pluto e Filomelo.

Romano equivalente: Ceres [56]

 

.Atena - Minerva

 

Atena (em grego: Αθην?, transl.: Athená,...), também conhecida como Palas Atena (em grego: Παλλ?ς Αθην?, transl.: Pallás Athená) é, na mitologia grega, a deusa da civilização, da sabedoria, da estratégia em batalha, das artes, da justiça e da habilidade; deusa das estratégias de batalha, civilização, sabedoria, artes, justiça, habilidade, inspiração, força e matemática. Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos, Atena recebeu culto em toda a Grécia Antiga e em toda a sua área de influência, desde as colônias gregas da Ásia Menor até as da Península Ibérica e norte da África. Sua presença é atestada até nas proximidades da Índia. Por isso seu culto assumiu muitas formas, além de sua figura ter sido sincretizada com várias outras divindades das regiões em torno do Mediterrâneo, ampliando a variedade das formas de culto.

A versão mais corrente de seu mito a dá como filha partenogênica de Zeus, nascendo de sua cabeça plenamente armada. Jamais se casou ou tomou amantes, mantendo uma virgindade perpétua. Era imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe fazia páreo. Foi padroeira de várias cidades, mas se tornou mais conhecida como a protetora de Atenas e de toda a Ática. Também protegeu vários heróis e outras figuras míticas, aparecendo em uma grande quantidade de episódios da mitologia.

Foi uma das deusas mais representadas na arte grega e sua simbologia exerceu profunda influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente. Sua imagem sofreu várias transformações ao longo dos séculos, incorporando novos atributos, interagindo com novos contextos e influenciando outras figuras simbólicas; foi usada por vários regimes políticos para legitimação de seus princípios, e penetrou inclusive na cultura popular. Sua intrigante identidade de gênero tem sido de especial apelo para os escritores ligados ao feminismo e à psicologia e algumas correntes religiosas contemporâneas voltaram a lhe prestar verdadeiro culto. [Ver também sobre o cultivo como cultura, o aspecto civilizacional do ser humano [vínculos de Atena com Deméter e Oxumaré]

 

Nome nativo: Athena, Athenaia, Palas Atena

Morada: Monte Olimpo

Símbolo: Coruja de Atena, oliveiras, serpentes, égide, armaduras, elmos , lanças e gorgonião

Pais: Zeus e Métis

Irmão(s): Ártemis, Musa, Cárites, Ares, Apolo, Dioniso, Hebe, Hermes, Héracles, Helena, Hefesto, Minos, Perseu, Poro

Filho(s): Erictónio de Atenas

Romano equivalente: Minerva[57]

 

.Ares - Marte[58]

Ares (em grego: ?ρης, transl.: Áres), é um deus grego, filho do rei e rainha dos deuses, Zeus e Hera[1][2][3] na antiga religião grega. O culto de Ares não foi muito grande, sendo centrado na região norte da Grécia e em Esparta, uma das mais importantes cidades-estados da Grécia Antiga. Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, sede de sangue, ou matança personificada.[4] Os romanos identificaram-no como Marte, o deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado dos etruscos).

Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares e ele era detestado por Zeus.[5] Ares foi geralmente diminuído em nome da sua meio-irmã, Atena, que embora fosse deusa da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos (Ilíada 13.301; Ovídio, Ars Amatoria, II.10;), de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado.[6] Embora Afrodite seja mais conhecida como esposa de Hefesto em mitos tardios, ela foi mais retratada com Ares, que por representar virilidade e seu amante ideal no imaginário clássico.[7] O casamento de Afrodite com Hefesto teria chegado ao fim após a exposição da traição dela com Ares e na Guerra de Troia, Homero diz que Afrodite é consorte de Ares. A paixão de ambos representa o dualismo entre amor e ódio, sendo constantemente representados juntos em obras de arte.

"Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia.[8] Em tempos micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos clássicos como um epíteto de Ares. Corvos e cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.

 

Deus da guerra e da violência

Morada: Monte Olimpo, Trácia, Macedônia, Esparta

Cônjuge: Afrodite

Pais: Zeus e Hera

Irmãos: Ênio, Hebe, Ilítia, Hefesto, e Éris

Filhos: Eros, Anteros, Fobos, Deimos, Flégias, Harmonia e Adrestia

Romano equivalente: Marte [59]

 

.Dionísio - Baco[60]

 

Dioniso (em grego: Δι?νυσος, transl.: Dionysos)[1][2] – não confundir com Dionísio,[3] nome de homem que significa «dedicado a Dioniso» – é na antiga religião grega o deus dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia, do teatro, dos ritos religiosos mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. Equivalente ao romano Baco. Foi o último deus aceito no Olimpo, filho de Zeus e da princesa Sêmele, também foi o único olimpiano filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica.

Dioniso era representado nas cidades gregas como o protetor dos que não pertencem à sociedade convencional e, portanto, simboliza tudo o que é caótico, perigoso e inesperado, tudo que escapa da razão humana e que só pode ser atribuída à ação imprevisível dos deuses.[4]

(...)

Dioniso era um deus de muitos nomes. Além da versão romana Baco (Baccus) também era chamado: Dendrites ("aquele das árvores", referente a fertilidade atribuída a ele), Bromios ( "aquele que faz trovejar" ou "aquele que grita alto"), Lesbos Enorches ou apenas Enorches ("nos testículos", em referência ao mito de que Dioniso, após a morte de sua mãe ainda grávida dele, terminou de ser gerado nas coxas de seu pai Zeus, ou seja, próximo aos seus testículos), Eleutherios ( "o libertador", epíteto tanto para Dioniso quanto para Eros). Nos rituais de iniciação de Dioniso, os futuros bacantes gritavam um mantra invocando todos os nomes de Dioniso : Io! Io! Bromios!, Io! Io! Dendrites!

 

Deus dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da loucura, do teatro, dos ritos religiosos e intoxicação (nota minha[61])

 

Nome nativo Δι?νυσος, Dionysos

Morada: Monte Olimpo

Clã; Olimpianos

Símbolo: TirsoVideira

Consorte: Ariadne

Pais: Zeus e Sêmele, Zeus e Perséfone (orfismo)

Filho(s):Priapo,Himeneu,Toas,Estáfilo, Enopião, Como Ftono Graças Dejanira

Romano equivalente: Baco, Líber

Etrusco equivalente: Fufluns

Portal:Grécia Antiga[62]

 

.Oxumaré[63]

Oxumarê[3], Oxumaré ou Exumarê[4] é originário do vocábulo "O?ùmàrè", cuja tradução é "arco-íris", em língua yorubá[1][5]. Assim, ele é o orixá do arco-íris dentro da mitologia yorubá, que liga o céu à terra.[1] Corresponde ao Vodun Dan da cultura jeje.[2]. É a cobra-arco-íris.[6] Em nagô, é a mobilidade, a atividade. Uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.

Ele é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.

Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Em alguns pontos, se confunde com o vodun Dan da região dos Mahi.

É o símbolo da continuidade e da permanência. Algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda [orubós]. Enrola-se em volta da terra para impedi-la de se desagregar. Rege o princípio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.

Oxumarê é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea. Porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá, sua irmã gêmea, que tem domínios parecidos com o dele.

É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin, Ewá e Obaluayê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que têm o nome de brajá. Usam, também, o lagdigbá, como Nanã e Omolu.

No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares (fio de contas) de miçangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seus iniciados usam brajá - longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente. Quando dançam, levam, nas mãos, pequenas serpentes de metal e apontam o dedo indicador para o céu e para a terra num movimento alternado. As suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê. Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia 24 de agosto.

Certa lenda conta que ele era, outrora, um babalaô adivinho, "filho de proprietário da estola de cores brilhantes". Em outra lenda, o mesmo tema aparece: "este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudua, o rei de Ifé, seu principal cliente". Oxumarê consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias.

Sua nação é a jeje, onde é chamado Dan e tido como rei dos povos Djedje. É uma palavra de origem iorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho e que recebeu uma conotação pejorativa como "inimigo" por parte dos povos conquistados pelos reis de Daomé e seu exército. Na nação jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já no candomblé queto, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. Porém essas cores definem apenas o fio de contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.

Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, sendo quase miseráveis, porém, mais tarde, dão a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos e, muitas vezes, orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. E não raro é ver um filho de Oxumarê se desfazer de algo seu em favor dos necessitados com a maior facilidade, contrapondo seu estado de orgulho e ostentação a exibir sua riqueza. Nessa fase, estão no arco-íris, a fase mais doce e sincera que possuem.

São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém se tornam terríveis quando com raiva, representando, nesse estado, a serpente, que vem trazendo o lado negativo de Oxumarê, o seu lado mais perigoso, que é a falsidade e a perversidade.

Tudo muda em suas vidas: os amigos, os romances, as cidades em que moram. Gostam de mudanças e, quando as fazem, se tornam radicais. Podem desenvolver a bissexualidade, pois esta faz parte da característica deste orixá, que é 6 meses homem e 6 meses mulher. Não que seus filhos tenham os dois sexos, mas podem gostar e sentir atração por homem e mulher de forma natural.

Duas fases de Oxumarê: Oxumarê, dentro do candomblé, se divide em duas qualidades: Oxumarê macho, representado pelo arco-íris; Oxumarê fêmea, chamado de Frekuem e representado pela serpente. Identificado no jogo do merindilogun pelo odu iká e representado material e imaterialmente no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba oxumare. A entidade é 6 meses homem e 6 meses mulher, mas é considerado pai de cabeça e não mãe.

 

Dan: deus do arco-íris

Símbolo: serpente de duas cabeças[1] ou duas serpentes de ferro[2]

Sincretismo:São Bartolomeu[2] [64]

 

Ouroboros[65]

 

A serpente Ouroboros em um antigo manuscrito alquímico grego

 

Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um conceito representado pelo símbolo de uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. O nome vem do grego antigo: ο?ρ? (oura) significa "cauda" e β?ρος (boros), que significa "devora". Assim, a palavra designa "aquele que devora a própria cauda".

Segundo o Dictionnaire des symboles [1] o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, eterno retorno.

Albert Pike, em seu livro, Morals and Dogma [p. 496], explica: "A serpente, enrolada em um ovo, era um símbolo comum para os egípcios, os druidas e os indianos. É uma referência à criação do universo".

Para o gnosticismo hiperbóreo "as serpentes, representadas no caduceu de Mercúrio (entrelaçadas em um bastão) e no OUROBOROS (devorando a própria cauda), simbolizam a alma elevada, extasiada no nirvana, luminosamente entelequiada".[2]

A forma circular do símbolo permite ainda a interpretação de que a serpente figura o mundo infernal, enquanto o mundo celeste é simbolizado pelo círculo.

Noutra interpretação, menos maniqueísta, a serpente rompe uma evolução linear, ao morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num outro nível de existência, simbolizado pelo círculo.

Para alguns autores, a imagem da serpente mordendo a cauda, fechando-se sobre o próprio ciclo, evoca a roda da existência. A roda da existência é um símbolo solar, na maior parte das tradições. Ao contrário do círculo, a roda tem certa valência de imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da contingência, do perecível.

O Ouroboros costuma ser representado pelo círculo. O que parece indicar, além do perpétuo retorno, a espiral da evolução, a dança sagrada de morte e reconstrução.

Pode-se referir que o ouroboros, ou símbolos semelhantes, constam de obras alquímicas, nas quais significa “alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem”. Isto, após uma fase em que pela separação se divide o um em dois, que contém em si mesmo o três e o quatro, “... é um fogo que consome tudo, que abre e fecha todas as coisas”. [3]

Registre-se ainda, na tentativa de avançar pistas para a raiz etimológica da palavra “ouroboros”, que em copta “ouro” significa “rei” e em hebraico “ob” significa “serpente”.

Se o segundo símbolo constante da nossa imagem for uma alcachofra, diga-se que esta é tida por alguns [4] o análogo vegetal da fénix, pois após ser submetida ao calor a sua flor perde o colorido e fica totalmente branca, posto o que renasce.

Geralmente, nos livros antigos, o símbolo vem acompanhado da expressão "Hen to pan" (o um, o todo). Remete-se assim, mais uma vez, ao tema da ressurreição, que pode simbolizar o “novo” nascimento do iniciado.

Em relação a certos ensinamentos do budismo tibetano (como dzogchen e mahamudra), pode-se esboçar uma maneira específica para vivenciar (em estado meditativo) este ato de "morder a própria cauda". Por exemplo, ao perceber-se num estado mental atípico (além das formas habituais) procurar olhar a si mesmo. O Ouroboros é a representação gráfica de uma serpente ou um dragão, em forma circular, engolindo a própria cauda. Este símbolo é encontrado na antiga literatura esotérica (alguma vezes, associado à frase Hen to pan – O Todo ou O um) e em diversas tradições ocultistas e escolas iniciáticas em forma de amuleto.

A origem etimológica do termo Ouroboros está, supostamente, na linguagem copta e no idioma hebreu, na qual ouro, em copta, significa Rei, e ob em hebreu, significa serpente. Mas, precisar sua origem e significado primitivo, torna-se uma tarefa praticamente impossível. Mesmo que de certa forma estejam interligados mas, paralelamente, trazem interpretações distintas.

Os primeiros registros deste arquétipo foram encontrados entre os egípcios, chineses e povos do norte europeu (associado a serpente folclórica Jörmungandr) há mais de 3000 anos. Na civilização egípcia, é uma representação da ressurreição da divindade egípcia Rá, sob a forma do Sol. Também é encontrado entre os fenícios e gregos.

 

Símbolos e Signos

 

Entre tantos símbolos relacionados, o Ouroboros é um dos que apresentam maior hipótese de significados. Isto porque há outras representações iconográficas contidas e associadas ao próprio Ouroboros.

A serpente, que nos textos canônicos está associada às aspectos maléficos, como no livro Gênesis 3:13, (Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A Serpente enganou-me, e eu comi.), na maior parte das culturas pré-cristãs, é um símbolo de sabedoria. Partindo do princípio que o Ouroboros é um símbolo pré-cristão, pode-se supor que este conceito de sabedoria é predominante.

Mas, pode-se também interpretar que o ato de engolir a si mesma, é uma interrupção do ciclo humano em uma busca evolutiva do espírito noutros planos. Por outro lado, pode significar a auto-destruição através do ato de consumir a própria carne e até mesmo a auto-fecundação. Ainda, o fato de encontrar-se na forma circular é um arquétipo representativo de movimentos ininterruptos e pode representar também o Universo. Além da interpretação de que a serpente atua nas esferas inferiores (Inferno), enquanto o círculo representa o Reino Divino. Em outras situações, o animal tem duas cores distintas. Neste caso, provavelmente, uma referência a Yin e Yang, ou pólos masculino e feminino, dia e noite, bem e mal, e outros paradoxos da natureza.

Sob uma perspectiva alquímica, o Ouroboros é representado na figura de dois animais míticos engolindo um a cauda do outro; não sendo, neste caso, necessariamente, uma serpente. Segundo o Uractes Chymisches Werk (Leipzig – 1760), "alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem". Esta descrição alquímica é uma alusão ao processo de separação do material em dois elementos distintos.

Porém, de uma forma mais ampla, o Ouroboros é uma representação dos ciclos reencarnatórios da alma humana. Ainda, segundo o Dictionnaire des Symboles, simboliza o "ciclo da evolução fechado sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, autofecundação e, em consequência, o eterno retorno". Na obra Magic Symbols de Frederick Goodman é citado "serpente... [seja] o símbolo da sabedoria dos verdadeiros filósofos" e "O Tempo, do qual apenas a sabedoria brota".

Atualmente, o Ouroboros é comumente encontrado em amuletos esotéricos, na simbologia maçônica e na teosofia. Ainda, é muito comum encontrá-lo em monumentos funerários, fazendo alusão, mais uma vez, aos ciclos da vida[66].

 

[pesquisas mitológicas, simbólicas e arquetipais detalhadas, a serem reescritas e sintetizadas]

 

Anexo III- Fundamentos e legislações

 

1)DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS [a ver-levantar-estudar na íntegra]

 

CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, [...] (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948)

(...)

 

2) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL e demais legislações federais pertinentes [a ver-levantar-estudar...]

 

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem  interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

 (Preâmbulo à Constituição Brasileira de 1988). 

(...)

 

3) Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)

A Carlos Heitor Cony

 

Artigo I

Fica decretado que agora vale a verdade.

agora vale a vida,

e de mãos dadas,

marcharemos todos pela vida verdadeira.

 

Artigo II

Fica decretado que todos os dias da semana,

inclusive as terças-feiras mais cinzentas,

têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

 

Artigo III

Fica decretado que, a partir deste instante,

haverá girassóis em todas as janelas,

que os girassóis terão direito

a abrir-se dentro da sombra;

e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,

abertas para o verde onde cresce a esperança.

 

Artigo IV

Fica decretado que o homem

não precisará nunca mais

duvidar do homem.

Que o homem confiará no homem

como a palmeira confia no vento,

como o vento confia no ar,

como o ar confia no campo azul do céu.

 

Parágrafo único:

O homem, confiará no homem

como um menino confia em outro menino.

 

Artigo V

Fica decretado que os homens

estão livres do jugo da mentira.

Nunca mais será preciso usar

a couraça do silêncio

nem a armadura de palavras.

O homem se sentará à mesa

com seu olhar limpo

porque a verdade passará a ser servida

antes da sobremesa.

 

Artigo VI

Fica estabelecida, durante dez séculos,

a prática sonhada pelo profeta Isaías,

e o lobo e o cordeiro pastarão juntos

e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

 

Artigo VII

Por decreto irrevogável fica estabelecido

o reinado permanente da justiça e da claridade,

e a alegria será uma bandeira generosa

para sempre desfraldada na alma do povo.

 

Artigo VIII

Fica decretado que a maior dor

sempre foi e será sempre

não poder dar-se amor a quem se ama

e saber que é a água

que dá à planta o milagre da flor.

 

Artigo IX

Fica permitido que o pão de cada dia

tenha no homem o sinal de seu suor.

Mas que sobretudo tenha

sempre o quente sabor da ternura.

 

Artigo X

Fica permitido a qualquer pessoa,

qualquer hora da vida,

uso do traje branco.

 

Artigo XI

Fica decretado, por definição,

que o homem é um animal que ama

e que por isso é belo,

muito mais belo que a estrela da manhã.

 

Artigo XII

Decreta-se que nada será obrigado

nem proibido,

tudo será permitido,

inclusive brincar com os rinocerontes

e caminhar pelas tardes

com uma imensa begônia na lapela.

 

Parágrafo único:

Só uma coisa fica proibida:

amar sem amor.

 

Artigo XIII

Fica decretado que o dinheiro

não poderá nunca mais comprar

o sol das manhãs vindouras.

Expulso do grande baú do medo,

o dinheiro se transformará em uma espada fraternal

para defender o direito de cantar

e a festa do dia que chegou.

 

Artigo Final.

Fica proibido o uso da palavra liberdade,

a qual será suprimida dos dicionários

e do pântano enganoso das bocas.

A partir deste instante

a liberdade será algo vivo e transparente

como um fogo ou um rio,

e a sua morada será sempre

o coração do homem.

Thiago de Mello

 

 

.Anexo IV - Proposta (apenas proposta – esboço inicial -  de layout para site do grupo na internet GENTE; buscar informações, encaminhamentos e procedimentos para registro de domínio na internet). [fazer...];.recuperando as propostas mais antigas ou recentes:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

www.fcsgente.org.br [ou só GENTE]

 

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FUNDAÇÃO COOPERATIVA SOLIDÁRIA -G.E.N.sT.E. - “NOVAS TRAQUINAGENS DE EROS”

 

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.FALE CONOSCO

 

.COMENTÁRIOS

.IMAGINÁRIO, CULTURA E EDUCAÇÃO

.A EDUCAÇÃO CONCEBIDA COMO ARTE-EDUCAÇÃO

.ECONOMIA SOLIDÁRIA

(textos, artigos, publicações, resenhas etc etc etc)

 

erosthanatos

 

(Texto síntese da apresentação / manifesto / programa / projetos / ações)

 

 

 

Anexo V- Cursos livres [como e porque certificar?], incluindo qualificação profissional básica [67].

 

Para cursos livres, conforme a legislação, não existe qualquer exigência de formação anterior específica, independe de escolaridade, podendo ser realizado por qualquer pessoa, e também não tem carga horária mínima ou fixa definida, sendo essa definição por conta do profissional ou instituição que oferta o conteúdo. Ainda assim, os cursos livres são válidos e relevantes, bem como reconhecidos pelo mercado de trabalho e por organizações diversas.A legislação que aprovam e regularizam os cursos livres, deixando claro que esse tipo de treinamento pode ser feito, são legais e  podem ser certificados sem necessidade de reconhecimento pelo MEC,  a saber:

-a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/1996;

-o Art. 7º da Lei nº 9.394/96. Esse artigo deixa claro que o ensino é livre à iniciativa privada. É preciso, no entanto, que ele esteja de acordo com algumas normas como que tenha autorização do poder público, que haja capacidade de autofinanciamento e que cumpra as normas gerais da educação nacional;

-o Art. 3º do revogado Decreto nº2.208/97. Esse diz que a educação profissional também compreende o nível básico que é destinado a qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhos, independente de escolaridade. E assim assemelha-se com os cursos livres, como esclarecido abaixo,

-no Art. 4º , o qual explicita que a educação profissional, que também compreende o nível básico destinado a qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhos. é uma espécie de modalidade não-formal que tem como objetivo ajudar o profissional a se requalificar no mercado de trabalho, exercendo funções de uma melhor maneira;

-o Decreto n. 5154/04;

-a Deliberação CEE 14/97(Indicação CEE 14/97,...).

 

https://www.montarumnegocio.com/como-emitir-certificado-de-curso-livre/ 01 11 21

 

.Outros Lista de pendências  / encaminhamentoss.::

1-esboçar o novo logo [ver com a Larissa]

2-reorganizar/atualizar índice/sumário

3-organizar e aplicar dinâmicas nos membros-fundadores para que descubram seus deuses regentes

4-fazer referências tb para Eros, Demeter e Atena, conf. Fonte wikpedia – retornar lá e ver

5-todos os insighits importantes anteriores: hu-manos, sol-solo-terra-terráqueo-humus-homos etc, equilíbrio não é meio-termo, média, etc etc etc, enfim, vasculhar todos meus esboços, todos os meus escritos-esboços e trazer para o projeto, mitos, deuses, universos míticos etc, trabalhos em cursos e futuros, banco de ideias para projetos, pesquisas, ações

6-fazer  inscrição no grupo imaginalis e outros

7-reorganizar/atualizar Ref. Bibligs./Bibliografia geral

8-reorganizar/atualizar o site [ver tb. com a Larissa] etc. ...

Anexo VI - O UNIVERSO IMAGINÁRIO DA (IN)COMPLETUDE  / (NÃO)PLENITUDE DO SER HUMANO -  O CICLO MÍTICO DO DESEJO[68]:

 

DEUSES

 

 

 

MITO DE PROMETEU

(O AMOR Á HUMANI-DADE)

 

MITO DO ANDROGI-NO

(O AMOR EM SI)

MITO DE NARCISO

(O AMOR Á SI)

 

MITO DE HERMES

(O AMOR AOS DEUSES, A SI E Á HUMANI-DADE)

 

           
   
 
     
 
 
 

 

 

 

 

 

 

MITO DE DIONISIO

(O AMOR EM ÊXTASE PELA VIDA)

 

                                                                                                          

 

 

 

           
     
 

 

 

 

SERES HUMANOS

 

 

 

 

SERES HUMANOS

[(impul)PULSÕES / DESEJOS]

 

 

 

 

 

 

 

O predomínio do esforço

 

(O MITO DO ANDRÓGINO)

“o apaixonar-se”

 

 

A sublimação do esforço pelo desejo

 

(O MITO DE NARCISO)

“apaixonar-se por si mesmo”

 

O equilíbrio do esforço e do desejo

 

(O MITO DE HERMES)

“apaixonar-se pelos deuses, por si mesmo e pela humanidade”

 

A sublimação do desejo pelo esforço

 

(O MITO DE PROMETEU)

“apaixonar-se pela humanidade”

 

O predomínio do desejo

 

(O MITO DE DIONÍSIO)

“apaixonar-se, em êxtase, pela vida”

 

DA FALTA

 

EROS E PSIQUE

 

AO

[ a perda e a busca / o (des)encontro]

[O CICLO MÍTICO DO VELO DE OURO]

[O CICLO MÍTICO DE EROS, PSIQUE E TANATOS]

 

EXCESSO

 

EROS E TANATOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.Anexo VII - Educar...

 

...é Resistir

 

Notas musicais

 

 “Existir. A que será que se destina?”

(Cajuína - Caetano Veloso)

 

Quais possíveis sentidos envolvem a existência humana? Questão vital, impossível de ser respondida apenas pela via da racionalização, da razão. Educar para a vida é, de alguma forma, provocar tentativas de respostas à questão que Caetano Veloso nos apresenta, é afirmar a existência e resistir - “re-existir” - aos sentidos externos que a educação bancária nos impõe.

Uma educação que se queira minimamente humana e ética preza por respeitar a dimensão experiencial e existencial do educando, permitindo que ele doe e escolha um significado para a sua existência.

A condição necessária para efetivar tal intento é aproximar a Arte e a Educação de modo a possibilitar uma educação sensível na qual o educando se veja a si em relação com sua comunidade, cultura e vida, como sinaliza, J.-F. Duarte Jr.

Ao falarmos da necessidade de se respeitar a dimensão vivida do ser humano queremos com isso assinalar que grande parte dos conceitos e sentidos a serem aprendidos estarão fortemente mesclados às experiências e vivências que eles trazem consigo, ainda que veladas.

É apenas percebendo que um novo conceito tem significado e valor para sua existência que o ser humano pode definitivamente acolhê-lo e apre(e)ndê-lo. Assim, só é possível que um ribeirinho, habitante do seio da mata amazônica, aprenda o que é a poluição de CO2 - tão comum as capitais nacionais - se lhe explicarem esse novo conceito mobilizando toda rede de relações que ele mantem com seu meio, subsistência, família e comunidade.

Além disso, caberia a todo educador disponibilizar “meios ou ferramentas” artísticas pautadas em vivências e experimentações para que as pessoas aprendam autenticamente os conceitos e sentidos que se quer desenvolver.

Pois, é necessário criar no vivenciar os novos conceitos e mesclá-los à ação construtiva do próprio ser humano, ao dar livre vazão a sua fantasia desinteressada, criando novos sentidos para si e para a vida.

É hora de abandonarmos a caduca ideia de que só se aprende olhando e escutando, e acolhermos a ideia de que apre(e)nder é fundamentalmente viver os novos sentidos e conceitos em profunda ligação com a nossa existência, assentando-os no solo fértil de nossa imaginação, sonhos e devaneios.

É possibilitando essa educação que se faz por meio da sensibilidade que poderemos desenvolver a consciência estética.

Compreendemos por consciência estética uma atitude mais harmoniosa e equilibrada perante o mundo, em que os sentimentos, a razão, e a imaginação se integram; em que os sentidos e valores dados à vida são assumidos no agir cotidiano, em uma atitude na qual não exista distância entre intenção e gesto. Enfim, o desenvolvimento da capacidade íntima de discriminar e escolher e a busca de uma visão global do sentido pessoal da existência. É essa consciência estética que poderá reintegrar o homem que hoje está mutilado, para assim ser administrado e controlado de modo mais eficiente, visando à ampliação da exploração, da opressão e do lucro.

 

 

 

... é Arte

 

desenho_002     Assim, possíveis caminhos para outra educação apontam para os fundamentos estéticos da educação. É desejável e possível uma nova educação que reconduza a razão aos seus limites e priorize a ampla esfera do Sentimento humano (razão e Sentimento). Ou seja, considerar devidamente a dimensão estética do ato de educar e a capacidade de fundar novos sentidos no bojo da experiência, vida e existência das pessoas, de modo que possamos nos recompor por inteiro. Afinal, se somos como E. Morin diz homo demens-ludens-symbolicus-sapiens-faber, hoje nos encontramos cindidos e fragmentados, dilacerados e mutilados. Mais ainda, para H. Marcuse, reprimidos e “contidos”, administrados e controlados. Diríamos mais, violados e disciplinados, “inteirinhos em frangalhos”, pela razão instrumental hegemônica que caracteriza as modernas e industriais sociedades do trabalho, de massas e de mídia.

     Na contramão da visão da educação formadora de mão de obra para a máquina de guerra que são nossas sociedades, concebemos a educação como Arte, se a entendermos como ação de revolta e de subversão criativa.

Tal compreensão nega a ordem estabelecida, o estático, a manutenção da exploração e da alienação, apontando um fôlego para a utopia, para o outro lugar, para o que não existe, para o outro mundo. Mundo outro no qual a criação não seja sufocada pelo cerceamento da máquina social empenhada em administrar nossas vidas, em nos impor sentidos que não criamos e tampouco escolhemos. 

E o primeiro passo para realização dessa proposta é a possibilidade do próprio educador se perceber e se ver no seu entorno de maneira que ele mesmo passe a buscar uma integralidade equilibrada entre seu agir, pensar e sentir, permitindo-lhe transportar essa harmonia para suas atividades educativas – escolares ou não -, tendo claro para si que é com a alteridade humana(!) que ele trabalha e que isso exige respeito, ética, liberdade e criação. 

 

 

...é Doar sentido à existência humana

 

    Atribuir, dar, doar sentido à existência é esta a tarefa maior de uma educação que se quer propriamente humana. E educar é diferente de treinar, domesticar: “não se educa cão”, educa-se “os manos”, humanos, irmãos de nossa condição existencial, de resistência, pertencimento e inclusão.

 

 

Educação humana(!) para a consciência estética

 

Nesta perspectiva, espacialidade e temporalidade, corporeidade e linguagem, entre outras categorias essenciais que condicionam a existência humana e o próprio mundo, precisam ser experienciadas e vivenciadas de outro modo, muito mais perceptivo, sensível e estético, no qual razão e sensibilidade se façam outro, em tensão vital (equilíbrio tensional) e “con-fusão”.

 

 

canetamusica1“Uma parte de mim é permanente. Outra parte se sabe de repente. Uma parte de mim é só vertigem. Outra parte linguagem. Traduzir uma parte na outra parte. Que é uma questão de vida e morte. Será arte?”

                         (Traduzir-se – Ferreira Gullar)

... é um Convite:

 

Queremos compartilhar um sonho. O que nos motiva? Uma utopia.

 

 

Notas musicais               “Gente olha pro céu. Gente quer saber o um. Gente é o lugar. De se perguntar o um. Das estrelas se perguntarem se tantas são. Cada, estrela se espanta à própria explosão. (...) Gente viva, brilhando estrelas. Na noite. Gente quer comer. Gente que ser feliz. Gente quer respirar ar pelo nariz.(...).Gente espelho               da vida.Doce mistério.”         

                      (Gente - Caetano Veloso).

 

 

Adaptação do texto de autoria do GRUPO DE ESTUDOS “NOVAS TRAQUINAGENS DE EROS” - GENTE

 

 

 

 

[1] G.E.N.sT.E e variações: G.E.N.s, G.E.E.N.T.E!!! etc. [fazer o registro oficial da marca, do logo, domínio, nome fantasia etc.]; definir/conceituar o nome da Fundação em seu todo e em suas partes (e definir-escolher entre os termos “gestação” e ou gestão”)]...Site: http://fcsgente.org/

[2]-Proposta para novo logotipo: símbolos de Deméter, Atena, Eros & Oxumaré, num círculo - arco-íris e ou ouroboros preenchido com trigo, uva, gente e livros-lápis – a esboçar, em anexo I...

 

[3]-Com pré-esboço do projeto, elaboração do pré-projeto...

[4]-Gente”, de Caetano Veloso. Disponível em https://www.vagalume.com.br/caetano-veloso/gente.html. Acesso em 17 04 18. [ver ano de lançamento da música]

[5] [E. Morin e G Duran -complexidade e imaginário ; recuperar minha anotações e  escritos sobre o tema; vários; sintetizar e vincular com o vocábulo “gente”...]

[6]- Referências e bibliografia:

 [1] Frighetto 2011, p. 53-54.

 [2] Frighetto 2011, p. 54.

 [3] Frighetto 2011, p. 55.

 [4] Fredouille 1986, Jean-Claude, Dictionnaire de la civilisation romaine, Larousse, Parigi 1986, p.118.

 [5] Frighetto 2011, p. 53.

 [6] Frighetto 2011, p. 56.

 [7] Frighetto 2011, p. 63.

 [8] Lopes 2003, p. 9.

 [9] Lopes 2003, p. 10.

Bibliografia: .FREDOUILLE Jean-Claude (1986). Dictionnaire de la civilisation romaine. Parigi: Larousse.

.FRIGHETTO, Renan (2011). «História, memória e identidades: considerações a partir da Historia Wambae de Juliano de Toledo (século VII)». Revista de História Comparada, 5 (2). Rio de Janeiro: PPGHC/UFRJ.

.LOPES, Célia Regina dos Santos (2003). A inserção de ´a gente´ no quadro pronominal do português. (PDF). ISBN 84-8489-061-9, 18, Frankfurt am Main/Madrid: Vervuert/Iberoamericana, 2003, v.18. p.174.  .https://docplayer.com.br/31819115-A-insercao-de-a-gente-no-quadro-pronominal-do-portugues.html e

https://br.pinterest.com/pin/574701602428750508/.

 

[7] [acrescentar aqui meus estudos sobre o vocábulo “humano”- vários; sintetizar e vincular]

[8]-.HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles (2008). Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. 3ª ed., Rio de Janeiro: Objetiva. .FERREIRA, A.B.H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

[9]-ver etimologia... e vincular com sentimentos, sentido -significado e orientação-direção...

[10]  [acrescentar aqui meus estudos sobre a cultura e todo ser humano como produtor cultural- vários; sintetizar e vincular ]

[11] -Conceito durandiano... [colocar o conceito, que aqui ampliamos e amplificamos no sentido de...]

[12]CENTRO DE ESTUDOS DO IMAGINÁRIO, CULTURANÁLISE DE GRUPOS E EDUCAÇÃO – CICE/FEUSP

[13]-Pois o grupo encontra-se vinculado ao CICE...

[14]-Conf. Profª Rosinha, em ... descrição para projeto de site do grupo...

[15]-Fonte: Disponível em http://www.usp.br/agen/?p=39819 e http://www.usp.br/agen/?p=162066. Acesso em 07 11 18.

[16]-Fonte: Disponível em http://gemitoseimaginariofeusp.blogspot.com/.Acesso em 07 11 18. “Este blog destina-se a registrar os encontros do grupo de estudos sobre a temática ‘Mitos e Imaginário’, coordenados pelos professores Marco Antonio Dib e Rosinha. O blog foi criado em 2011 por Marcelo Costa Sena, membro-fundador participante do referido grupo, com o apoio de Dib e Porto, com o objetivo de divulgar e fortalecer as ações do GEMsI e CICE na FEUSP.

[17]In O que é mercantilização da vida? (recantodasletras.com.br)

- https://www.recantodasletras.com.br/redacoes/5370849

[18] Fonte: https://www.dicionarioetimologico.com.br/fidedigno/   e https://www.dicio.com.br/digno/ 18 11 18

[19]-Ver anexo VII: “Educar é resistir”, de autoria coletiva do grupo, em sua primeira formação e fase...

[20]- Fonte: Disponível em http://www.usp.br/feamais2/leitura.php?i=75. Acessado em 28/12/08.

[21]-Ver a versão do mito, no qual os pais de Eros são Penúria-Parcimônia e ...-Expediente ...

[22] (Revista USP, número 74, dossiê Pensando o futuro Humanidades)

[23] Ver recentemente 2020-2021, no contexto mundial e brasileiro.

[24]-Ver anexo IV....

[25]-A origem etimológica da palavra desejo e muito importante e significativa para nosso estudo e reflexões; vem do latim DESIDERE, a forca da atração entre todos os elementos do cosmo, para a composição de um todo em perfeita harmonia em seus movimentos ... [a desenvolver]. Ver tb Dib, M. A. Antropologia do Imaginário, mitodologia e ed. fática d]

[26] [acrescentar aqui meus estudos sobre a imaginário e ficção- vários; sintetizar e vincular]

[27]-Singer, Paul (...)

[28]-Apreendidos, compreendidos e interpretados a partir da aceitação do “demasiadamente humano” e da teoria da complexidade, incluindo a complexidade da condição humana na sua inteireza, portanto da ética proposta por E. Morin (...).

[29]-[Orientações para o desenvolvimento dos Eixos Temáticos Essenciais do PDI: a partir daqui breves orientação para elaboração escrita de cada item do PDI]

[30]-[fazer pesquisa etimológica detalhada....]

[31]-Curadoria, direção, produção edição - editoração, patrocínio, financiamento etc – [ver área de produção cultural]

[32]-A definir criteriosa e conceitualmente o que consideramos como: estudo, formação pessoal e profissional, e produção cultural.

[33]-Também a definir criteriosa e conceitualmente o que consideramos como: estudo, formação pessoal e profissional, e produção cultural

[34]-Conceituar e explicar, pois trata-se da linha epistemológica adotada pela instituição.... [A partir de uma formação básica comum podemos nos inscrever e filiar a fundação cooperativa e seus membros-pesquisadores aos centros de estudos do imaginário na França: vinculado ao Centre d'Études sur l'Imaginaire / Maison des Sciences de l'Homme (CRI-MSH - Paris) e ao Centre d'Études sur l'Actuel et le Quotidien (CEAQ - Sorbonne)....., entre outros; ver também para contatos e trocas...:

 https://www.fclar.unesp.br/#!/departamentos/ciencias-da-educacao/centro-interdisciplinar/]

[35]-Capítulo de minha dissert. mestrado...

[36]-[fazer pesquisa etimológica detalhada....]

[37]-Estética como fundamento axiológico – os valores - capacidade de apreciar, julgar, decidir e escolher valores – ver vocábulo mais adequado ou criar...

[38] Ver in Como emitir certificado de curso livre? http://leandromotta.psc.br/v1/index.php/noticias/75-lei-de-cursos-livres-tudo-que-voce-precisa-saber e https://www.montarumnegocio.com/como-emitir-certificado-de-curso-livre/ 01 11 21, https://sambatech.com/blog/insights/cursos-livres-legislacao/

E https://www.engaged.com.br/blog/como-emitir-certificado-de-curso-livre#:~:text=O%20certificado%20de%20curso%20livre%20%C3%A9%20uma%20forma,emitir%20certificados%20ao%20final%20dos%20seus%20cursos%20livres%3F

[39]-Defini, conceituar, caracterizar ... e fazer formação dos agentes como produtores culturais...

[40]Fonte: https://www.salario.com.br/tabela-salarial/ . Acesso em 05 11 2021

[41]-WEBSITE, web-comerce e e-comerce ...[ver...desenvolver...] ...explorar-utilizar a internet, as mídias e redes sociais: lojinha virtual, catálogo de produtos etc.

[42] (Fonte: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Eros. Acesso em 27 10 18.)

[43]-Empatia, empatia, antipatia etc. [a desenvolver..]. O vocábulo SIDERAL, que nos remete `a ordem, `a organização cósmica, em que diversos elementos (partes) se unem, se juntam, pela forca da atração gravitacional (observar a metafora: “girar em torno de ...”; “estar capturado” - , também como metáforas do deejo e do amor), em uma fusão, em um todo, em uma totalidade: o kosmo, o universo. [chegar a desenvolver a idéia de amor como expressão do nosso desejo de CONSIDERACAO, explicitando o sentido deste vocábulo,a partir da perspectiva aqui colocada e parâmetro fundamental das relações humanas, e também como desejo de RECONHECIMENTO) ...

[44]-A atração entre os seres vivos e o sexo/sexualidade e a reproducao dos seres; ... sexo /sexualidade (vide o mito do Andrógino em Platão – “ O banquete” ...) [desenvolver, inclusive articulando com notas ...]

[45]-Venus e Marte: [desenvolver -caracterizá-los sinteticamente; deusa do amor e da guerra respectivamente...]

[46] -[pesquisar como arquétipo e explicitar o sentido do malicioso, malandro, esperto, astuto, audaz etc., recorrentes no universo mítico [ver Yung – o universo heroico)

[47] -Lembrar e desenvolver que tem também as setas que causam a repulsão ...]

[48]-[pesquisar a transgressão como arquétipo / mitema fundamental em diversos ciclos míticos]

[49]-Pois um dos grandes princípios do universo... [a desenvolver para reafirmar]

[50]-[pesquisar porque .... muito interessante essa “imunidade” ...]

[51]- himeneu de morte: pesquisar para descrever e explicitar o sentido...]

[52]-ver primeiro livro pesquisado p. 22

[53] -Pesquisar / contar como Vênus, mãe de Eros, submete Psique a várias provas e porquê….Marcada por uma indiscreta curiosidade que a impele a certos atos, devido a eles sofreu espantosas torturas [impostas por Vênus].Porem, purificada por uma série de provas das quais sai vitoriosa, encontra a felicidade casando-se com Eros e ganhando a imortalidade.

[54]-Grande prazer dos sentidos, grande prazer sexual (conf . Rocha,  Ruth. Minidicionario. São Paulo: Scipione, 1996.)

[55] -[pesquisar formação da individualidade / subjetividade… e trajeto antropológico]

[56] (Fonte: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Deméter. Acesso em 27 01018.)

 

[57] (Fonte: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Atena. Acesso em 27 10 18.) continuar a ver muita coisa importante...

[58]- Referências:

1.Hesíodo, Teogonia, 921

2.Higino, Fabulae, Prefácio

3.Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.3.1

4.Apesar de ser um soldado valente, ele é frequentemente descrito como sedento por sangue. A leitura muitas vezes permanece ambígua, como até na inscrição funerária de Attica no final do sexto século:. "Fique e lamente no túmulo de Kroisos/morto Que enfurecendo Ares destruiu um dia, lutando nas filas dianteiras" (Atenas, NM 3851) citado em Andrew Stewart, "Cem Escultores Gregos: As suas Carreiras e Trabalhos Existentes", Introdução: I. "As Fontes" "

5. ""Para mim, você é o mais detestável dos deuses que mantêm o Olimpo," Zeus diz-lhe na Ilíada (5.890); "para sempre a luta é mais querida para você, e guerras e matança".

6.Homero. viii. 361; para Ares/Marte e Trácia, ver Ovídio. A Arte de Amar, livro ii. part xi. 585, diz o mesmo conto: "os seus corpos presos são, com dificuldade, libertados, no seu argumento, Netuno: Vênus corre a Paphos: Marte dirige-se a Trácia."; para Ares/Marte e Trácia, ver também Estácio, "Tebaide" vii. 42; Heródoto, iv. 59, 62.

7.Barba, Miguel Ángel Elvira. Arte y mito: manual de iconografía clásica. Silex Ediciones, 2008. p.226

8.Burkert (1985). Greek Religion. [S.l.: s.n.] 169 páginas

[59] (Fonte: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Ares.Acesso em 09 11 18.)

[60]- Referências:

1. «Dionisíaco». Michaelis On-Line. Consultado em 18 de julho de 2017.

2. «Artigo de apoio Infopédia - Dioniso». www.infopedia.pt. Consultado em 18 de julho de 2017.

3.«Definição ou significado de Dionísio no Dicionário Infopédia de Antroponímia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 18 de julho de 2017.

4.Deuses do Amor e Ecstasy, Alain Daniélou p.15

[61]-[Dionísio como força ctônica:] Interessante observar que períodos de “Idade(s) de Ouro”, podem iniciar-se com o renascimento de um deus grego, retornando a viver entre os homens: Dionísio.” In  PATER, Walter. “Denis de Auxerre”. In: Portraits Imaginaires. Paris, Ch. Bourgois, 1985. Trad. Livre para fins didáticos, de J. C. Paula Carvalho.     55-99; e DIB, M. A. (1999). Antropologia do Imaginário, mitodologia e ed. fática d. p. 14-21

[62] (Fonte: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Dioniso. Acesso em 09 11 18.)

[63]- Referências:

[1] –[ recuperar, conferir –ver lá]

[2].CARYBÉ (1979). Mural dos orixás. Salvador. Banco da Bahia Investimentos S/A.. p. 46.

[5].CHURCH MISSIONARY SOCIETY (2012). A Dictionary of Yoruba Langange. [S.l.: s.n.]

.COSSARD, Gisele - Awô, O mistério dos Orixás. Editora Pallas. ...

[1].FERREIRA, A. B. H (1986). Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 242.

.PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. Companhia das Letras. ....

.VERGER, Pierre Fatumbi. Lendas africanas dos Orixás. Salvador: Corrupio, 1997. [Pierre Fatumbi Verger.pdf – Disponível em https://asdfiles.com/6lm. p.52-5].

.­­­­­­__________. Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. ...: Fundação Pierre Verger: 2018.

.Sites:

[3].https://www.nossas-raizes.com/oxumarê-o-senhor-do-arco-iris/

[4].http://www.oduduwa.com.br/?cont=centro-exumare

[6].http://www.ggb.org.br/esquina_do_arco_iris.html  - Luiz Mott: Esquina do arco-íris

 

[64] (Fonte: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxumarê.   Acesso em 31 10 18)

[65]- Referências:

1-Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Robert Laffont, 11ª impressão, Paris, 1990, pág. 716

2-BRONDINO, Gustavo. O Yoga Hiperbóreo. OCTIRODAE, 2011. p. 56.)

3-cfr. Abraham Eleazar, “Uractes chymisches werk”, Leipzig, 1760, in “Alquimia & Misticismo”, Alexander Roob, Taschen, Lisboa, 1997, pág. 403.

4-cf. O esoterismo da Quinta da Regaleira, Vitor Mendanha entrevista José Manuel Anes, Hugin, Lisboa, 1998, g. 23

[66] Fonte: Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouroboros . Acesso em 11 11 18

 

[67] Ver in Como emitir certificado de curso livre? http://leandromotta.psc.br/v1/index.php/noticias/75-lei-de-cursos-livres-tudo-que-voce-precisa-saber e https://www.montarumnegocio.com/como-emitir-certificado-de-curso-livre/ 01 11 21, https://sambatech.com/blog/insights/cursos-livres-legislacao/

E https://www.engaged.com.br/blog/como-emitir-certificado-de-curso-livre#:~:text=O%20certificado%20de%20curso%20livre%20%C3%A9%20uma%20forma,emitir%20certificados%20ao%20final%20dos%20seus%20cursos%20livres%3F

[68]-Dib (...). Antropoliticum enciclopedium MMXII d.C. – as vicissitudes da condição humana: para uma cosmogonilogia. .... [arquivo em word]

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